(Unifesp-Sp) Considerando as últimas estrofes do fragmento: a) o poeta se vale do recurso ao paralelismo de construção apenas na antepenúltima estrofe. B) o eu poemático aborda o problema da escravidão segundo um jogo de intensas oposições. C) os animais evocados - leão, jaguar e serpente - têm, respectivamente, sentidos denotativo, denotativo e metafórico. D) o tom geral assumido pelo poeta revela um misto de emoção, vigor e reginação diante da escravidão. E) os versos são constituídos alternadamente por sete e oito sílabas poéticas.
Soluções para a tarefa
o eu poemático aborda o problema da escravidão segundo um jogo de intensas oposições
B) o eu poemático aborda o problema da escravidão segundo um jogo de intensas oposições.
O autor Castro Alves apresenta como uma de suas principais características, a utilização de oposições de ideias, visando amplificar os problemas sociais. No poema em questão, o jogo antitético ocorre nas duas estrofes e visa simbolizar a liberdade perdida pela escravidão.
As imagens produzidas pelo poema, fazem revelações da vida livre dos escravos em sua região geográfica natural e da vida escrava repleta de torturas no interior dos navios negreiros.
A questão refere-se ao fragmento do poema “O navio negreiro – tragédia no mar” de autoria de Castro Alves.
"Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d’amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm’lo de maldade,
Nem são livres p’ra morrer...
Prende-os a mesma corrente
– Férrea, lúgubre serpente –
Nas roscas da escravidão.
E assim roubados à morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoite... Irrisão!... "
Bons estudos!