Umas das características do Estado é o monopólio do uso da força, da violência, para manter a coesão nacional e garantir o respeito à legislação e aos direitos do povo. Sobre isso, Max Weber alegou:
“Todo Estado se funda na força”, disse um dia Trotsky a Brest-Litovsk. E isso é verdade. Se só existissem estruturas sociais de que a violência estivesse ausente, o conceito de Estado teria também desaparecido e apenas subsistiria o que, no sentido próprio da palavra, se denomina “anarquia”. A violência não é, evidentemente, o único instrumento de que se vale o Estado – não haja a respeito qualquer dúvida –, mas é seu instrumento específico. Em nossos dias, a relação entre o Estado e a violência é particularmente íntima. Em todos os tempos, os agrupamentos políticos mais diversos – a começar pela família – recorreram à violência física, tendo-a como instrumento normal de poder. [...]
WEBER, Max. Ciência e política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 2005. p. 56.
Você concorda com a ideia de Weber, para quem o Estado não existiria se não houvesse a violência? Qual o limite para a violência estatal? Justifique sua resposta.
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Resposta:
sim, pois essa afirmação pode ser vista pelo fato de Weber fundamentar a definição de Estado como uma instituição que faz uso legítimo da força em um determinado território.
Deste modo, ele pode exercer a autoridade, com o uso da violência, pressupondo assim um estado de legitimação, porém tudo tem limite, e caso o estado reprimisse quais querem sejam as revoltas da população com uso da força física, isso acabaria se tornando uma ditadura.
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