uma redaçao sobre educação domiciliar
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MINHA CASA, MINHA ESCOLA Cresce o número de famílias que tiram os filhos da sala de aula para educá-los no lar. Apesar de processos judiciais, casais temem bullying e desvirtuamento de valores
Alguns pais ainda estão tímidos, preferem não se identificar, temem ser processados judicialmente. Outros se expõem sem medo, convictos da decisão que tomaram. Em Minas Gerais, é cada vez maior o número de famílias que rejeitam as escolas e assumem em casa a educação dos filhos. Há cerca de 200 no estado, segundo a Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned). E pelo menos nove estão sendo processadas pelo Ministério Público pelo crime de abandono intelectual. Enquanto isso, o assunto já é discutido no Congresso Nacional, por meio de projeto de lei e de uma frente parlamentar.
Um dos principais divulgadores da educação domiciliar (homeschooling, em inglês) no estado é o empresário Cléber Nunes. Em 2008, ele e a mulher, Bernadeth, foram condenados a pagar multa de 12 salários mínimos pelo descumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente, cujo artigo 55 determina que “os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino”. Dois anos depois, o casal sofreu nova condenação, dessa vez com base no artigo 246 do Código Civil, que descreve como abandono intelectual “deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar”.