Filosofia, perguntado por suellencosta9873, 11 meses atrás

Uma obra de arte pode denominar-se revolucionária se, em virtude da transformação estética, representar, no destino exemplar dos indivíduos, a predominante ausência de liberdade, rompendo assim com a realidade social mistificada e petrificada e abrindo os horizontes da libertação. Esta tese implica que a literatura não é revolucionária por ser escrita para a classe trabalhadora ou para a “revolução”. O potencial político da arte baseia-se apenas na sua própria dimensão estética. A sua relação com a práxis (ação política) é inexoravelmente indireta e frustrante. Quanto mais imediatamente política for a obra de arte, mais reduzidos são seus objetivos de transcendência e mudança. Nesse sentido, pode haver mais potencial subversivo na poesia de Baudelaire e Rimbaud que nas peças didáticas de Brecht. (Herbert Marcuse. A dimensão estética, s/d.) Segundo o filósofo, a dimensão estética da obra de arte caracteriza-se por (A) apresentar conteúdos ideológicos de caráter conservador da ordem burguesa. (B) comprometer-se com as necessidades de entretenimento dos consumidores culturais. (C) estabelecer uma relação de independência frente à conjuntura política imediata. (D) subordinar-se aos imperativos políticos e materiais de transformação da sociedade. (E) contemplar as aspirações políticas das populações economicamente excluídas.

Soluções para a tarefa

Respondido por makmorales
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Olá,

Alternativa correta: C) estabelecer uma relação de independência frente à conjuntura política imediata.

A arte pode ser revolucionária através do rompimento com os padrões da sociedade vigente. Ou seja, o ato de rebeldia transcende aquilo que é comum e rotineiro para uma determinada época. O artista deseja promover a independência através de um choque de realidade promovido por suas obras.

Além disso, a arte é revolucionária a medida que rompe com tudo aquilo que é apreciado pela conjuntura política que domina uma sociedade ou região. O artista pode fazer obras que sejam críticas a essa conjuntura de forma muito sutil, ou mesmo surrealista. Não há limites, o importante é que ele mostre sua independência e rebeldia.

Espero ter ajudado!
Respondido por lalabhz
120

Resposta:

C

Explicação: A tese de Marcuse revela algo que libera a obra de arte de um engajamento literal do seu sentido estético, quer dizer, a proposição do filósofo expõe que a intenção da obra não é engajada politicamente apenas se ela estiver vinculada propositalmente a uma classe oprimida da sociedade, mas sim sempre que ela revelar, segundo uma exemplaridade que extrapola o contemporâneo, a evidência um futuro decadente. A arte é muito mais subversiva quando está próxima da libertação e quando favorece a liberdade do artista e do homem.

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