uma história sobre libertinagem 25 linhas
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RESPOSTA:Libertinagem, publicado em 1930, é composto por 38 poemas. O primeiro deles é “Não sei dançar”, uma espécie de resumo poético dos temas que o livro vai apresentar, são eles: reflexões sobre a vida, o país e o fazer poético, bem ao gosto do modernismo pós Semana de 22.
Logo de início, percebe-se a intenção do autor em romper com o formalismo parnasiano e simbolista. A descrição de cenas urbanas, em poemas como “Camelôs” e “Mangue”, revela a preocupação com episódios da vida moderna. Outros poemas, como “Belém do Pará” e “Evocação do Recife”, refazem a trajetória afetiva da vida do autor, que viveu em várias cidades. “Poética” é uma síntese das ideias do poeta sobre o que deveria ser a poesia daí em diante, tendo um caráter de manifesto: abaixo todo o lirismo que não seja libertação.
A maior parte do livro é composta de poemas curtos, muitos dos quais se incorporaram ao imaginário cultural do país, como “Pasárgada”. Há também no livro dois poemas em francês. O poema que talvez revele o máximo da vontade de transformar o cotidiano em poesia é “Poema tirado de uma notícia de jornal”, que é, na verdade, a reprodução da notícia em forma de poema, com a mesma linguagem direta e coloquial.
Com caráter quase biográfico, o livro traz ousadia formal e temática, tendo se estabelecido como um marco da poesia modernista do Brasil na primeira metade do século XX.