uma canção indigena de maraba pará
Soluções para a tarefa
Eu vivo sozinha, ninguém me procura!
Acaso feitura
Não sou de Tupá!
Se algum dentre os homens de mim não se esconde:
- "Tu és", me responde, "Tu és Marabá!"-Meus olhos são garços, são cor das safiras,
- Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar!
- Imitam as nuvens de um céu anilado,
- As cores imitam das vagas do mar!
Se alguns dos guerreiros não foge a meus passos:
"Teus olhos são garços,"
Respondo anojado, "mas és Marabá
"Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,
"Uns olhos fulgentes,
"Bem pretos, retintos, não cor d'anajá!"
- É alvo meu rosto da alvura dos lirios, - Da cor das areias batidas do mar,
- As aves mais brancas, as conchas mais puras
- Não têm mais alvura, não têm mais brilhar.
Se ainda me escuta meus agros delirios:
-"És alva de lirios",
Sorrindo responde, "mas és Marabá: "Quero antes um rosto de jambo corado,
"Um rosto crestado
"Do sol do deserto, não flor de caja."
-Meu colo de leve se encurva engraçado,
- Como hástea pendente dos cactos em flor,
-Mimosa, indolente, resvalo no prado,
- Como um soluçado suspiro de amor! (GONÇALVES DIAS, 1959, p. 371)
"Eu amo a estatura flexivel, ligeira, (GONÇALVES DIAS, 1959, p. 372)
Qual duma palmeira",
Então me respondem; "tu és Marabá:
"Quero antes o colo da ema orgulhosa,