Português, perguntado por Laysa111111111, 1 ano atrás

Um texto narrativo de alguma pessoa narrando?

Soluções para a tarefa

Respondido por larissabb1
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Pedro era um garoto muito arrogante; sempre reclamava de tudo e queria que as coisas fossem feitas a sua maneira. Queria que todos ao seu redor fossem condescendentes com seus caprichos e, quando as coisas não saíam ao seu contento, tinha ataques tão terríveis, que muitas vezes seus vizinhos pensaram em chamar a polícia para contê-lo.

Um belo fim de tarde, logo depois da escola, Pedro estava caminhando pela rua quando se deparou com uma garrafa de formato anormal em cima do meio-fio; abaixou-se, pegou-a e, como era afobado, em vez de admirar o peculiar acabamento da garrafa, começou a sacudi-la para ver se havia algo dentro. Porque não ouviu nenhum som, concluiu que deveria estar vazia. Quando estava prestes a jogá-la fora, percebeu ranhuras no casco, que era feito de vidro fosco, e levantou a garrafa contra a luz. Forçando a vista, percebeu alguns sinais que aos poucos foram se convertendo em letras. Pôde ler então a mensagem: “Abra-me!”.

O menino, convencido de que se tratava de uma brincadeira, decidiu não obedecer ao comando de uma estúpida garrafa. Ainda com o objeto na mão, caminhou mais um quarteirão e estacou no meio do caminho. A curiosidade ainda persistia. Escondeu-se atrás de um muro, olhou para todos os lados e, quando se convenceu de que estava sozinho, abriu a garrafa.

De dentro dela, saiu uma fumaça rosada que, ao se dissipar, revelou uma estranha criatura encantada que lhe disse que ele teria direito a um desejo; apenas um desejo. Pedro, muito esperto, soube instantaneamente o que desejaria.

— Se é assim, quero ter o dom de poder realizar todos os meus desejos, bastando para isso apontar simplesmente o meu dedo.

— Que assim seja, mestre! — disse a criatura com um sorriso irônico, desaparecendo logo em seguida.

Pedro correu para casa, doido para começar a realizar seus desejos, agora que possuía esse fantástico poder.

Ao dobrar uma esquina, deu um encontrão em uma menina. Refazendo-se do susto, ele viu que não era apenas uma menina; era simplesmente a menina mais cobiçada do bairro, a mais linda da região, pela qual Pedro era apaixonado.

— Agora vou me dar bem! — maquinou o menino, murmurando para si.

Pedro, discretamente, apontou o dedo para a menina e, baixinho, disse:

— Apaixone-se por mim.

A bela menina, como se estivesse em transe hipnótico, lançou sobre Pedro um olhar de malícia e gemeu docemente:

— Ai, meu Deus! Que gato!

O menino, apesar de ter sido atendido em seu desejo, mas ainda surpreso com o efeito que presenciava, encabulado, apontou o dedo para si mesmo e disse:

— Gato? Eu?

A partir desse dia, a bela menina, quando andava pelas ruas dali, era perseguida e assediada por um gatinho branco e fofo, sempre a miar e a ronronar em volta de suas pernas. E Pedro, menino caprichoso e malcriado, para estranheza de toda a vizinhança, nunca mais foi visto.



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