Um professor de ensino médio decidiu trabalhar um fragmento textual ao abordar a temática da “Colonização espanhola na América”. O excerto aborda a questão da ocidentalização da América e o imaginário religioso nativo em meio ao processo de conquista europeia. Segue abaixo: Frequentemente, o papel crucial que a imagem desempenhou na conquista da América (...) é negligenciado. (...) Há que se reconhecer que o Ocidente utilizou nesse período, a maioria dos recursos visuais de que se dispunha no século XVI, com o intuito de apoiar seu projeto de dominação. (...) A Igreja foi mais longe, interessando-se pelas imagens não-materiais que atravessavam os sonhos e visões dos índios. A ofensiva da Igreja não tinha nada de epidérmica. Fora construída sob a herança do tomismo e da crítica aos cultos pagãos da Antiguidade. Repousava sobre uma reflexão que distinguia imagens “naturais” – que existem em estado natural – de imagens “fabricadas”, “inventadas” pelo homem. Reflexão que opunha imagens mentais, “imaginárias”, a imagens materializadas, objetivadas nas estátuas. GRUZINSKI, Serge. A Guerra das Imagens e a Ocidentalização da América. In: VAINFAS, Ronaldo (org.). América em tempo de conquista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1992, p. 198-199. Conforme exposto no fragmento de texto, bem como os conhecimentos sobre a colonização da América Espanhola, os alunos compreenderiam que o excerto de texto acima Alternativas Alternativa 1: enfatiza que a Igreja Católica defendia que os ameríndios veneravam uma religião falsa, a idolatria, e consequentemente, cultuavam as imagens sem valor para os cristãos, as quais estavam associadas ao politeísmo. Alternativa 2: é uma referência ao catolicismo na América hispânica, o qual, inspirado no tomismo, proibiu práticas ameríndias de converter as imagens imateriais em objetos a serem cultuados Alternativa 3: sintetiza as práticas da Igreja Católica que, na época, concebia a adoração de imagens como um pecado imperdoável, uma vez que roubaria de Deus a reverência necessária e merecida. Alternativa 4: exemplifica que os índios se recusavam a reverenciar as imagens cristãs, uma vez que, em suas opiniões, as suas imagens eram dignas de adoração. Alternativa 5: afirma que as imagens eram vinculadas a curas misteriosas tanto entre ameríndios como entre cristãos, sendo um ponto em comum entre ambos.
Soluções para a tarefa
É correta a alternativa 2.
O texto retrata a "guerra" da Igreja Católica contra a idolatria praticada pelos indígenas. A Igreja, baseada nas ideias de São Tomás, defendia que esta prática não era cristã e nem poderia sê-lo, de modo que cabia aos católicos destruir as imagens dos nativos e em seu lugar colocar novas, que fossem adequadas ao uso religioso (como compreendido pelo catolicismo).
Retrata, assim, uma guerra simbólica que facilitaria a conversão dos nativos e, ao facilitar a conversão, facilitaria a colonização do território.
Resposta:
alternativa 1
enfatiza que a Igreja Católica defendia que os ameríndios veneravam uma religião falsa, a idolatria, e consequentemente, cultuavam as imagens sem valor para os cristãos, as quais estavam associadas ao politeísmo.
Explicação:
resosta corrigida pelo gabarito unicesumar, 20-03-2021