Saúde, perguntado por antonnyfarias, 9 meses atrás

um paciente contaminado por arsênico deve ter quais tipos de cuidados?​

Soluções para a tarefa

Respondido por kaligianalanda123
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Resposta:

O arsênico é bem absorvido pelas vias gastrintestinal, respiratória e parenteral, e pode ser absorvido pela pele não intacta. Devido à sua solubilidade em água, o arsênico pentavalente (arseniato) é mais facilmente absorvido pelas membranas mucosas, como o trato gastrintestinal, do que o arsênico (arsenito), que penetra na pele mais rapidamente devido ao aumento da solubilidade lipídica.

Após a absorção, o arsênico se liga à hemoglobina, aos leucócitos e às proteínas plasmáticas. Em 24 horas, o arsênico desaparece da circulação, sendo redistribuído para o fígado, os rins, o baço, o pulmão, o trato gastrintestinal, os músculos e os tecidos nervosos, com subsequente integração no cabelo, nas unhas e nos ossos.

A excreção do arsênico é, predominantemente, renal. O arsênico atravessa a placenta e é teratogênico em animais e humanos, acumulando-se no feto. A forma gasosa do arsênico é incolor, praticamente inodora e extremamente tóxica.

Características Clínicas

 

Os sinais e os sintomas de toxicidade variam com a forma, a quantidade e a concentração ingerida e as taxas de absorção e excreção dos vários compostos arsênicos. Com a toxicidade aguda, os efeitos clínicos geralmente se desenvolvem em questão de minutos a horas de ingestão.

Os efeitos da intoxicação por arsênico envolvem diversos sistemas, sendo os efeitos gastrintestinais os mais importantes, com diarreia considerável descrita em forma de “água de arroz associada a náuseas e vômitos”, que pode ser difícil de diferenciar do cólera e durar de dias a semanas. Alguns pacientes podem apresentar hematêmese ou hematoquezia. Os pacientes podem se queixar de um gosto metálico na boca.

Hipotensão e taquicardia secundária à depleção de volume, vazamento capilar e disfunção miocárdica ocorrem em casos moderados a graves, podendo ocorrerem taquicardias normalmente ventriculares. Os sintomas neurológicos centrais incluem cefaleia, confusão, delirium e alterações de personalidade. Encefalopatia crônica com delirium, alucinações, desorientação, agitação e confabulação que se assemelham à síndrome de Wernicke-Korsakoff podem se manifestar.

A neuropatia periférica pode ocorrer com distribuição de meia-luva, semelhante à neuropatia diabética, sendo inicialmente sensorial, com os sintomas motores se desenvolvendo mais tarde. Pacientes com intoxicação grave podem desenvolver uma paralisia ascendente que imita a síndrome de Guillain-Barré. Manifestações pulmonares incluem tosse, infiltrados pulmonares e síndrome do desconforto respiratório agudo. Os pacientes podem apresentar rabdomiólise e lesão renal aguda.

As manifestações dermatológicas, por sua vez, são proeminentes e incluem erupções morbiliformes, alopecia, descamação, hiperpigmentação, hiperqueratose das palmas das mãos e solas dos pés, doença de Bowen e carcinomas espinocelulares e basocelulares. Ocorre o aparecimento de linhas características em unhas chamadas de “linhas de Mees”, comumente ocorrendo 4 a 6 semanas após a intoxicação.

Manifestações crônicas ocorrem em intoxicações de menor intensidade e contínuas potenciais incluem hipertensão, doença vascular periférica, diabetes melito, doença de Addison, hipotireoidismo, hipertireoidismo, perfuração de septo nasal, câncer epidermoide, câncer do trato respiratório, angiossarcoma hepático e leucemia.

Explicação:

bons estudos ❤️

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