Um homem e uma mulher com pigmentação normal, tiveram um filho albino:
A) Qual a privacidade de terem um 2° filho albino?
B) Qual a probabilidade de terem duas crianças do sexo masculino e albinos?
C) Qual a probabilidade de um filho desse casal que nasceu com pigmentação normal ser heterozigoto?
2°) Maria e José são casados e possuem polidactilia.Qual a probabilidade do casal terem um filho com polidactilia sabendo que o casal já tem um filho sem polidactilia?
3°)A fenilcetonúria (FKU) é uma doença ultassonica e recessiva. Marcelo descobriu que é heterozigoto para doença. Ele é casado com Kyara que não apresenta doença, é filho de paia normais mas tem um irmão que morreu de PKU. Qual a probabilidade do casal ter uma criança com a doença.
4°) Uma mulher e um homem com pigmentação normal, filhos de pais pigmentados possuem irmãos albinos. Qual a probabilidade desse casal ter uma criança albina
Soluções para a tarefa
1°)
Boa noite, para que um casal normal tenha um filho albino, então os pais só podem ser heterozigotos, já que homozigotos recessivos não podem, uma vez que, como o enunciado aponta, são normais, e um não pode ser homozigoto dominante e o outro heterozigoto, pois, assim, nunca teriam um filho albino. Dessa forma:
mulher Aa x homem Aa
↓
filho aa
A) Nesse sentido, a probabilidade de terem um outro filho "aa" (com albinismo) é de 1/4. No entanto, se for levado em consideração que "filho" está no masculino, então deve-se considerar também a probabilidade de ser do sexo masculino. Dessa maneira, a nova probabilidade seria: 1/2 x 1/4= 1/8
B)
Probabilidade de ser albino (aa): 1/4
Probabilidade de ser do sexo masculino: 1/2
Logo, probabilidade de terem duas crianças albinas do sexo masculino:
C) Bom, aqui já temos um evento que não pode ocorrer, isto é, o filho ser "aa" (albino).
Portanto:
probabilidade de ser homozigoto dominante: 1/3
probabilidade de ser heterozigoto: 2/3
Sendo assim, resposta: 2/3
2°) Bom, se pais afetados geraram um filho normal, então estamos diante de uma herança autossômica dominante, ao contrário do exercício anterior, em que foi analisado um caso de herança autossômica recessiva. Além disso, pelo fato de terem gerado um filho sem polidactilia, então os pais só podem ser heterozigotos, já que, se um deles fossem homozigotos, não seria possível gerarem um descendente normal:
mulher Aa x homem Aa
↓
filho aa
Logo:
Probabilidade de terem um filho com polidactilia (Aa ou AA): 3/4
Probabilidade de terem um filho normal (aa): 1/4
Sendo assim, resposta: 3/4
3°) Aqui o enunciado já deu a dica: estamos diante de uma doença autossômica recessiva. Além disso, na parte "...é filho de pais normais...", creio que deveria "filha", caso não for, temos um problema totalmente diferente, vamos aos casos!
Se "filho", na verdade, for filha:
Nessa situação, já temos o genótipo de Marcelo, Aa, mas precisamos descobrir o de sua mulher. Para tal, como os pais desta são normais, mas geraram um filho com fenilcetonúria (aa), o irmão de Kyara, então os genitores só podem ser heterozigotos. Portanto, temos o seguinte:
Pai de Kyara Aa x Mãe de Kyara Aa
↓
filho aa (FKU) e Kyara (A?)
Como pode-se perceber, uma coisa temos certeza, Kyara tem que ter o alelo dominante "A", pois é normal. No entanto, como o exercício solicita a probabilidade de o casal (Marcelo "Aa" e Kyara "A?") ter uma criança com a doença, então Kyara deverá ser heterozigota, "Aa", já que, se fosse homozigota, "AA", não seria possível ter um filho afetado.
Dessa forma:
Probabilidade de Kyara ser homozigota (AA): 1/3
Probabilidade de Kyara ser heterozigota (Aa): 2/3
Tendo em vista que estamos considerando a probabilidade de o casal ter uma criança com fenilcetonúria, então deverá ocorrer o seguinte:
Marcelo (Aa) x (Aa) Kyara
↓
criança aa
Logo:
Probabilidade da criança ser afetada (aa): 1/4
Então, colhendo as informações:
Probabilidade da criança ser afetada (aa): 1/4
Probabilidade de Kyara ser heterozigota Aa): 2/3
Finalmente:
Probabilidade de o casal ter uma criança afetada: 1/4 x 2/3= 2/12= 1/6
Sendo assim, resposta: 1/6
Se "filho", na verdade, for "filho" mesmo:
Nessa situação, ainda continuamos a ter o genótipo de Marcelo, Aa, e os mesmos requisitos para que o casal tenha uma criança afetada, isto é, que a mãe seja heterozigota. No entanto, só temos uma parte da árvore parental de Marcelo, mas não da de Kyara, que, portanto, pode ser tanto homozigota dominante, AA, quanto heterozigota, Aa, mas não homozigota recessiva, já que é normal para a fenilcetonúria.
Logo, a probabilidade de Kyara, dentro dos dois eventos, Aa ou AA, ser heterozigota, é de 1/2, uma vez que ela poderia ter os dois genótipos, mas somente um, ser heterozigota, para garantir a probabilidade de sua filha ou de seu filho serem afetados.
Com isso, deverá ocorrer o mesmo acasalamento, e, resumindo:
Probabilidade de Kyara ser heterozigota Aa: 1/2
Probabilidade de a criança, nesse cruzamento, ser afetada: 1/4
Enfim:
Probabilidade de o casal ter uma criança com fenilcetonúria: 1/2 x 1/4= 1/8
4°) Bom, pelo enunciado, já sabemos que se trata de uma herança autossômica dominante, já que pais afetados geraram filhos normais, o referido "homem" e a indicada "mulher", que, portanto, só podem ser homozigotos recessivos, "aa".
Logo, temos o seguinte cruzamento:
Homem aa x Mulher aa
↓
criança albina (Aa ou AA)
Dessa forma, a probabilidade de gerarem uma criança albina é de 0 = 0%
Resumo: os exercícios abordam basicamente a primeira lei de Mendel, já que se pautam na análise de apenas uma característica. Além disso, é importante pontuar, dentro dessa parte da matéria, duas coisas muito importantes:
Se um casal normal gerou um filho afetado, então estamos diante de uma herança autossômica recessiva. Se um casal afetado gerou um filho normal, então estamos diante de um herança autossômica dominante.