Um dos últimos temas trabalhados no 6° ano foi a civilização romana, que formou um império imenso, com um
território que estendia-se entre a Europa, África e Ásia. Sua capital, a cidade de Roma, chegou a ter no século 2 d.C, mais de
1 milhão de habitantes (pense que a cidade de Tubarão, atualmente tem pouco mais de 105 mil habitantes).
Mesmo com tamanho poder e influência, o Império Romano do Ocidente teve seu fim. Em 476 d.C a cidade de
Roma foi invadida por uma multidão de guerreiros, pertencentes a tribos que viviam fora das fronteiras do império. Estas
pessoas que eram chamadas pelos romanos de povos bárbaros também são conhecidos como povos germânicos e formavam
um grande grupo composto por vários clãs diferentes.
Imagine você ser um cidadão de Roma quando em um belo dia sua cidade é invadida por uma multidão de
guerreiros que a invadem, saqueando e matando tudo que passar pela frente, assustador não é mesmo? Este acontecimento,
conhecido como a “queda de Roma”, é tão influente que marca o fim da Idade Antiga (antiguidade) e o início da Idade
Média (confira na imagem anterior). A ocupação dos “bárbaros” nas regiões do Império Romano do Ocidente gerou uma
série de transformações na vida da sociedade da época, resultando na formação das características que definiram a Europa
da Idade Média.
Dentre estas transformações destacamos o processo de ruralização. Diante destas invasões e a consequente
insegurança da população romana, devido às violentas práticas adotadas por estes povos, muitos dos ricos proprietários de
terras romanos, abandonaram a cidade e foram morar em suas propriedades no campo. Já os romanos mais pobres, passaram
a buscar proteção e trabalho nas terras desses grandes senhores. Para poderem utilizar as terras, no entanto, eram obrigados
a entregar ao proprietário parte do que produziam. Nascia assim, o regime de servidão, onde o trabalhador rural
torna-se o servo do grande proprietário das terras (senhor). A este processo de deslocamento de grande parte da
população que vivia nas cidades (principalmente na cidade de Roma) para o campo (zona rural), damos o nome de
ruralização. Sendo esta uma característica fundamental de grande parte da Idade Média.
Juntamente ao processo de ruralização, vemos o surgimento de outra característica muito marcante do período, a
redução da atividade comercial, com o esvaziamento das cidades e a fundação de novos reinos nestes territórios
(falaremos disso adiante), as cidades, que faziam parte de grandes rotas comerciais que ligavam diferentes continentes,
deixaram de realizar comércio. Dentre os motivos para o cancelamento destas rotas, podemos destacar o alto risco de
roubos, além dos altos impostos alfandegários cobrados durante a travessia destes produtos.
O processo de ruralização e a redução da atividade comercial, serão características fundamentais para a formatação
da sociedade na Idade Média, porém, não são as únicas. Em nossa próxima aula, estaremos discutindo outras características
deste período, bem como falaremos das fases que compõem a Idade Média. Até lá, forte ab
Agora que você realizou atentamente a leitura do texto, realize a atividade da Cruzadinha abaixo. Responda esta
atividade em seu caderno, para que possamos realizar a correção em sala de aula. Capriche, bons estudos.
HORIZONTAIS
3. Acontecimento que marca o fim da Idade Antiga e o Início da Idade Média.
4. É o último dos 5 períodos históricos.
7. Formaram um império imenso, com um território que estendia-se entre a Europa, África e Ásia.
8. Invadiram o Império Romano do Ocidente no ano de 476 d.C.
VERTICAIS
1. Foram significativamente reduzidas após a queda do Império Romano do Ocidente.
2. Nele o trabalhador rural tornou-se servo do grande proprietário das terras (senhor).
5. É o primeiro dos 5 períodos históricos.
6. Processo ocorrido após a queda do Império Romano do Ocidente em que a população deslocou-se da cidade para o
campo.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Império Romano foi a terceira fase da civilização romana, segundo a periodização utilizada pelos historiadores. Esse período iniciou-se em 27 a.C., com a coroação de Otávio como imperador de Roma, e estendeu-se até 476 d.C., quando o último imperador, Rômulo Augusto, foi destituído do trono. Tal evento colocou fim no império em sua porção ocidental.
Esse é o período da centralização do poder em Roma, pois ele migrou das mãos do Senado para a figura do imperador. O império é a fase do auge dessa civilização, pois ela havia alcançado seu máximo domínio territorial, mas, eventualmente, sua crise ocorreu, levando ao seu fim, no século V d.C.
Acesse também: A questão agrária em Roma proposta pelos irmãos Tibério e Caio Graco
Crise da república
A fase do Império Romano foi consequência da crise que Roma enfrentou nos dois últimos séculos da república. Essa crise deu-se por meio de convulsões sociais, revoltas de escravos, mas, sobretudo, por disputas de poder que levaram a guerras civis. A expansão territorial que Roma passou durante o período republicano resultou no surgimento de novas demandas políticas que reivindicavam certa centralização do poder.
A historiadora Mary Beard|1| afirma que a expansão territorial romana, por meio da anexação territorial das províncias (termo usado para definir as regiões conquistadas), criou debates no interior da política romana a respeito da administração do império e questões sobre o poder partilhado. Assim o poder que estava nas mãos do Senado passou a ser questionado.
Além disso, os generais romanos que participavam das campanhas de conquista dignos de um imperador, Otávio tinha grande