Um casal é estéril, pois a esposa tem atrofia de útero e o marido oligospermia (produz espermatozóides normais, mas em pequeno número). Além disso, sabe-se que ela é Rh+ homozigota, e ele é Rh-. O casal decide ter um “bebê de proveta”, contando, para isso, com a colaboração de uma outra mulher que receberá, em seu próprio útero, o zigoto formado por aquele casal. Sabe-se que essa “mãe emprestada” já teve 4 filhos, sendo que os dois últimos apresentaram a doença hemolítica do recém-nascido. A chance teórica do “bebê de proveta”, após os nove meses no útero da “mãe emprestada”, nascer com aquela doença hemolítica é: a) nula, pois a mãe genética é homozigota; b) nula, pois seu pai genético é Rh-; c) nula, pois tal doença só ocorre quando, num casal, a mãe é Rh- e o pai é Rh+; d) alta, já que o “bebê de proveta” será Rh+, com certeza; e) alta, pois a mãe emprestada é Rh+;
Soluções para a tarefa
Respondido por
22
A doença hemolítica do recém-nascido (DHRN) acontece por uma incompatibilidade imunológica entre mãe e feto com relação ao sistema sanguíneo Rh. Poderá acontecer somente quando a mãe é Rh- e o feto é Rh+ (porque o pai é Rh+).
Durante a gestação (ou também no momento do parto, quando a placenta se desprende), o sangue fetal presente no cordão umbilical entra em contato com o sangue materno. Isso provoca uma reação imune na mãe ( pois o sangue fetal tem antígenos RH) e ela produz anticorpos anti-Rh. Numa próxima gestação de feto Rh+ , a quantidade desses anticorpos pode ser suficiente para reagir com os antígenos do feto (é a mesma reação de aglutinação que acontece numa transfusão sanguínea inadequada). Como resultado disso, o bebê adquire uma anemia hemolítica (a aglutinação destrói glóbulos vermelhos): ao nascer, apresenta sinais de icterícia (pele e mucosas amareladas). A DHRN é mais severa a partir do 3º ou 4º filho Rh+ (devido a uma concentração maior de anticorpos maternos produzidos nas gestações anteriores de fetos Rh+). Para evitar a DHRN, os médicos recomendam que a mãe receba uma espécie de "vacina" contra a formação de anticorpos anti-Rh logo após o 1º parto de bebê Rh+.
Como os pais biológicos do problema são: mãe = Rh+ (homozigota) e pai = Rh-, o embrião gerado in vitro pelos gametas deles será Rh+.
Pelo fato desse embrião ser gestado no útero de mãe-de-aluguel Rh- (pois já teve filho com DHRN), ele receberá, via circulação materna, os anticorpos anti-Rh dessa mulher. Portanto, será alta a chance dele nascer com a DHRN (o enunciado não diz se a mãe-de-aluguel foi "vacinada" no seu último parto).
Alternativa: D
Espero ter ajudado.
Durante a gestação (ou também no momento do parto, quando a placenta se desprende), o sangue fetal presente no cordão umbilical entra em contato com o sangue materno. Isso provoca uma reação imune na mãe ( pois o sangue fetal tem antígenos RH) e ela produz anticorpos anti-Rh. Numa próxima gestação de feto Rh+ , a quantidade desses anticorpos pode ser suficiente para reagir com os antígenos do feto (é a mesma reação de aglutinação que acontece numa transfusão sanguínea inadequada). Como resultado disso, o bebê adquire uma anemia hemolítica (a aglutinação destrói glóbulos vermelhos): ao nascer, apresenta sinais de icterícia (pele e mucosas amareladas). A DHRN é mais severa a partir do 3º ou 4º filho Rh+ (devido a uma concentração maior de anticorpos maternos produzidos nas gestações anteriores de fetos Rh+). Para evitar a DHRN, os médicos recomendam que a mãe receba uma espécie de "vacina" contra a formação de anticorpos anti-Rh logo após o 1º parto de bebê Rh+.
Como os pais biológicos do problema são: mãe = Rh+ (homozigota) e pai = Rh-, o embrião gerado in vitro pelos gametas deles será Rh+.
Pelo fato desse embrião ser gestado no útero de mãe-de-aluguel Rh- (pois já teve filho com DHRN), ele receberá, via circulação materna, os anticorpos anti-Rh dessa mulher. Portanto, será alta a chance dele nascer com a DHRN (o enunciado não diz se a mãe-de-aluguel foi "vacinada" no seu último parto).
Alternativa: D
Espero ter ajudado.
Perguntas interessantes