História, perguntado por karolkaroline88, 1 ano atrás

(Ufu 2006) A "estabilidade" do Segundo Reinado e a consolidação de um Estado nacional dependente mal esconderam tumultos, conflitos, levantes e movimentos revolucionários, como a Cabanagem, a Praieira, a Farroupilha, que seriam, cada um a seu tempo, fatigados pelos mecanismos políticos e culturais criados nessa longa história de formação do patronato politico brasileiro, detentor da ideia desmobilizadora de um Brasil "estável", unido, denso. Adaptado de MOTA, C. Guilherme. Ideias de Brasil. In: "Viagem Incompleta. Experiência Brasileira (1500-2000)". Formação: histórias. São Paulo: SENAC, 2000, p. 236. A partir das afirmações transcritas, responda: a) Que motivações foram comuns aos conflitos e movimentos revolucionários ocorridos no periodo Regencial no Brasil?

Soluções para a tarefa

Respondido por crissabidopb41rm
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a)
- a indiferença dos governos regenciais frente às demandas regionais, apesar da aprovação do Ato Adicional de 1834 que instaurou uma espécie de "federalismo" na monarquia.
- a acentuada crise econômica que atingia os produtos tradicionais da economia brasileira, incluindo o charque gaúcho.

b) Durante as primeiras décadas do século XIX várias rebeliões de escravos explodiram na província da Bahia. A mais importante delas foi a dos Malês, uma rebelião de caráter racial, contra a escravidão e a imposição da religião católica, que ocorreu em Salvador, em janeiro de 1835. Nessa época, a cidade de Salvador tinha cerca de metade de sua população composta por negros escravos ou libertos, das mais variadas culturas e procedências africanas, dentre as quais a islâmica, como os haussas e os nagôs. Foram eles que protagonizaram a rebelião, conhecida como dos "malê", pois este termo designava os negros muçulmanos, que sabiam ler e escrever o árabe. Sendo a maioria deles composta por "negros de ganho", tinham mais liberdade que os negros das fazendas, podendo circular por toda a cidade com certa facilidade, embora tratados com desprezo e violência. Alguns, economizando a pequena parte dos ganhos que seus donos lhes deixavam, conseguiam comprar a alforria.

c)
- A aprovação da Lei Interpretativa do Ato Adicional em 1840 que, entre outras, restaurou o Conselho de Estado e acabou com a relativa autonomia das províncias e suas assembleias. Entretanto, as resistências em relação às mudanças fizeram com que essas discussões durassem quase três anos, a ponto de que somente em maio de 1840 se deu a aprovação da lei de Interpretação do Ato Adicional e a reforma do Código do Processo Criminal só foi aprovada em dezembro de 1841.
- A dura repressão desencadeada sobre as revoltas da Cabanagem (30 mil mortos) e da Balaiada, enquanto o movimento da Farroupilha, de base elitista, mereceu uma negociação onde em 1845 Caxias firmou com Davi Canabarro a Paz do Ponche Verde. Encerrava-se a Revolta dos Farrapos. O acordo de paz foi muito vantajoso para os farroupilhas: anistia aos revoltosos; integração dos oficiais rebeldes ao Exército Imperial com suas patentes; liberdade para os escravos que haviam participado da guerra; taxação sobre o charque platino importado; pagamento pelo Império das dívidas da guerra e indicação pelos farrapos do presidente de sua Província.
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