História, perguntado por milenasoares706, 9 meses atrás

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Respondido por luahdecondao
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Resposta:

Eça de Queirós foi um dos mais importantes escritores do realismo português sendo considerado o maior representante da prosa realista da língua portuguesa.

Além de escritor, exerceu também a profissão de jornalista e advogado.

Biografia

Eça de Queirós, como ficou conhecido, foi um romancista comprometido com a reforma social que introduziu o realismo e naturalismo em Portugal e é considerado um dos maiores romancistas portugueses com suas obras traduzidas para vários idiomas.

Eça de Queirós era filho ilegítimo de um importante magistrado. Licenciou-se em Direito em 1866 pela Universidade de Coimbra e depois estabeleceu-se em Lisboa.

Em Lisboa, iniciou a vida como advogado, porém, o real interesse de Eça de Queirós estava na literatura de tal forma que logo seus contos – irônicos, fantásticos e até macabros – e ensaios sobre uma ampla variedade de assuntos começaram a aparecer na Gazeta de Portugal.

Em 1871, ele se tornou intimamente associado a um grupo de intelectuais portugueses rebeldes comprometidos com a reforma social e artística e conhecidos como a Geração de 70.

Críticas de Eça de Queirós

Nesse momento, Eça de Queirós denunciava a literatura portuguesa contemporânea como não original e hipócrita.

Eça de Queirós ainda serviu a carreira diplomática como cônsul, primeiro em Havana (1872-74), depois na Inglaterra entre 1874 e 1888.

Durante este tempo, escreveu os romances pelos quais é mais lembrado, tentando traduzir a reforma social em Portugal através da literatura e expondo o que ele considerava ser os males e os absurdos da ordem social conservadora tradicional predominante em Portugal.

Desse modo, Eça de Queirós refletia em suas obras o Realismo Português, movimento literário do qual fez parte. Seu primeiro romance, O Crime do Padre Amaro, (1876) foi influenciado por escritores como Honoré de Balzac e Gustave Flaubert.

O Crime do Padre Amaro descreve os efeitos destrutivos do celibato em um padre de caráter fraco e os perigos do fanatismo em uma cidade provinciana portuguesa.

Trata-se de uma sátira mordaz sobre o ideal romântico da paixão e suas trágicas conseqüências. Características que também aparecem em seu romance seguinte, O Primo Basílio (1878).

Ainda encontramos a sátira como principal característica naquele que é considerado o maior romance do autor, sua obra-prima, Os Maias, de 1888.

Em Os Maias, Eça de Queirós traça uma descrição detalhada da sociedade portuguesa de classe média alta e aristocrática.

Tendo como eixo-temático a degeneração de uma família tradicional cujos últimos filhos são levados a uma série de relações sexuais emaranhadas pelas ações de seus pais, que são símbolos da decadência da sociedade portuguesa.

Os últimos romances de Eça de Queirós são mais sentimentais, ao contrário de seus trabalhos anteriores, como por exemplo, o romance Cidade e as Serras (1901) que exalta a beleza do campo português e as alegrias da vida rural.

Eça de Queirós foi nomeado cônsul em Paris em 1888, onde serviu até a sua morte em 16 de agosto de 1900.

Obras de Eça de Queirós

A obra de Eça de Queirós pode ser dividida em algumas diferentes etapas, abrangendo:

Primeira fase

Mistério da Estrada de Sintra (1871)

As Farpas (1871)

Segunda fase

O Crime do Padre Amaro (1875)

O Primo Basílio (1878)

O Mandarim (1879)

A Relíquia (1887)

Terceira fase

Os Maias (1888)

A Correspondência de Fradique Mendes (1900)

A Cidade e as Serras – Obra póstuma (1901)

Literatura de Viagem

Uma Campanha Alegra (1891)

Cartas de Inglaterra – Obra póstuma (1903)

Ecos de Paris – Obra póstuma (1905)

O Egito – Obra póstuma (1926)

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