Geografia, perguntado por patymslz1561, 10 meses atrás

transposição do rio são francisco pontos positivos e negativos? alguém sabe?

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Respondido por eduardosantoss
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O projeto iria desviar 1,4% da água do rio para abastecimento de água municipal, indústria e irrigação. O abastecimento de água municipal teria prioridade sobre outros usos, que só seriam atendidos quando o reservatório de Sobradinho, atrás da barragem do Sobradinho no rio São Francisco, que produz grande parte da eletricidade da região, estiver quase cheio, cerca de 40% do tempo. O projeto, na verdade, consiste em duas transferências: O eixo Leste transfere água para o rio Paraíba do Norte , enquanto o eixo Norte transfere água para o Jaguaribe e Piranhas rios. O projeto inclui 700 km de canais e túneis, além de várias barragens. Espera-se que desloque quase um milhão de pessoas e a construção deverá demorar 20 anos para ser concluída. Os críticos do projeto argumentam que os estados beneficiários devem melhorar a gestão de sua própria água antes de importá-la de fora da região. Dom Luiz Flávio Cappio da Bahia também se pergunta por que a água está sendo exportada quando 3 milhões de pobres vivem ao longo do curso do rio São Francisco, muitos deles sem água corrente e saneamento adequado. Ele argumenta que a transferência "exigirá enormes recursos que poderiam ser gastos em outros projetos muito mais próximos da realidade do povo". Também está sendo dito que o projeto beneficiará principalmente os agricultores mais ricos que já possuem infra-estrutura de irrigação e não os produtores que sofrem com a chuva, que são os mais atingidos pela seca. A alegada insuficiência de água no próprio rio São Francisco durante a estação seca, e seu conseqüente impacto nos ecossistemas aquáticos, é outro argumento dos críticos. Por exemplo, João Alves Filho, governador do estado de Sergipe, diz que já existem “sinais de mortalidade” onde o rio se junta ao mar. Marco Antônio Tavares Coelho, um adversário de destaque, diz que "a aridez é o estado natural do sertão" e que a imersão seria como "retirar o gelo do Pólo Norte". Em 2001, o Banco Mundial recusou-se a financiar o projeto por causa de seu impacto limitado no combate à pobreza e à seca.
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