Transforma-se o amador na coisa amada, Por virtude do muito imaginar; Não tenho, logo, mais que desejar, Pois em mim tenho a parte desejada. Se nela está minha alma transformada, Que mais deseja o corpo de alcançar? Em si somente pode descansar, Pois com ele tal alma está liada. Mas esta linda e pura semideia, Que, como o acidente em seu sujeito, Assim como a alma minha se conforma, Está no pensamento como ideia; E o vivo e puro amor de que sou feito, Como a matéria simples busca a formaUm dos aspectos mais importantes da lírica de Camões é a retomada renascentista de ideias do filósofo grego Platão. Considerando o soneto citado, pode-se dizer que o chamado "neoplatonismo" camoniano a) é afirmado nos dois primeiros quartetos, uma vez que a união entre amador e pessoa amada resulta em uma alma única e perfeita. b) é confirmado nos dois últimos tercetos, uma vez que a beleza e a pureza reúnem-se finalmente na matéria simples que deseja. c) é negado nos dois primeiros quartetos, uma vez que a consequência da união entre amador e coisa amada é a ausência de desejo. d) é contrariado nos dois últimos tercetos, uma vez que a pureza e a beleza mantêm-se em harmonia na sua condição de ideia.
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Soluções para a tarefa
A resposta é:
a) é afirmado nos dois primeiros quartetos, uma vez que a união entre amador e pessoa amada resulta em uma alma única e perfeita.
Para a escola filosófica alexandrina chamada de neoplatonismo, um dos instrumentos utilizados com o intuito de efetuar o aperfeiçoamento espiritual é o amor.
Quando observamos os quartetos do soneto exibido no enunciado, fica claro constatar que o eu lírico concebe a sua união com a amada como uma forma de elevação.
O Neoplatonismo é o conjunto de doutrinas e escolas de inspiração platônica desenvolvidas entre os séculos III e VI, especialmente quando na ocasião da fundação da escola alexandrina por Amônio Sacas ao fechamento da escola de Atenas imposto pelo edito de Justiniano.
Resposta:
A
Explicação: Para o neoplatonismo, um dos instrumentos de aperfeiçoamento espiritual é o amor. Nos quartetos do soneto apresentado, o eu lírico concebe a sua união com a amada como uma forma de elevação.