Trabalho Escrito de História (individual)
6 ano:
Tema - A história de Belford Roxo desde o período colonial
• Deve conter Bibliografia (fontes)
Soluções para a tarefa
História
Alguns anos após a expulsão dos franceses, o governador do Rio de Janeiro, Cristóvão de Barros, concedeu ao capitão Belchior de Azeredo uma sesmaria às margens do Rio Sarapuí, na antiga aldeia dos índios Jacutingas. Nesse local, ele fundou o engenho de Santo Antônio de Jacutinga, que futuramente seria o atual município de Belford Roxo. Uma ermida para Santo Antônio foi construída na encosta de uma colina a 750 metros da margem do rio Sarapuí, próximo ao local estabelecido para atividades portuárias.
No limiar do século XVII, o engenho de Santo Antônio de Jacutinga foi desmembrado, surgindo, então, o engenho Maxambomba (Nova Iguaçu) e o engenho da Poce (da Posse). No século XVIII, um novo desmembramento (dessa vez, nas terras do engenho do Maxambomba) fez surgir o engenho Caxoeira (Mesquita), em terras que pertenceram ao governador do Rio de Janeiro Salvador Correia de Sá e Benevides. Por mais de duzentos anos, as terras mantiveram-se, por sucessão hereditária, sob o controle dos herdeiros de Salvador Correia de Sá e Benevides, a família Correia Vasques.
Em meados do mesmo século XVIII, as terras do engenho Santo Antônio voltaram a ser desmembradas para a formação de novos engenhos: do Brejo e do Sarapuí. No mesmo período, as terras do engenho Maxambomba foram desmembradas para formação do engenho do Madureira.
Em 1767, em uma carta topográfica da capitania do Rio de Janeiro, feita por Manuel Vieira Leão, aparece claramente nessa região o engenho do Brejo. O seu primeiro ocupante foi Cristóvão Mendes Leitão, em 1739.
A Baixada Fluminense é cortada pelo Rio Sarapuí e era cercada por pântanos e brejais. Possuía, em sua margem, um porto para escoamento da produção: açúcar, arroz, feijão, milho e aguardente.
Após uma sucessão de proprietários, em 1815, o padre Miguel Arcanjo Leitão, que era proprietário das terras, vendeu-as ao primeiro visconde de Barbacena, Felisberto Caldeira Brant Pontes de Oliveira Horta, futuro marquês de Barbacena.
Em 1843, Pedro Caldeira Brant, o conde de Iguaçu - filho do primeiro visconde e marquês de Barbacena - assumiu a fazenda após o falecimento do pai, que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro no dia 13 de julho de 1842.
Em 1851, a família Caldeira Brant vendeu a sua fazenda para o comendador Manuel José Coelho da Rocha.
Na segunda metade do século XIX, a fazenda entrou em decadência devido a ocorrência de epidemias. O assentamento dos trilhos para a passagem da estrada de ferro Rio d'Ouro, cortando a fazenda do Brejo, em 1872, em terras doadas pelos descendentes de Coelho da Rocha, deram início a um movimento de reivindicação para transformá-la em linha de trem de passageiros, pois, anteriormente, essa ferrovia havia sido construída para a captação de água nas serras do Tinguá, Rio d'Ouro e São Pedro, com colocação de aquedutos ao longo de sua margem.
As primeiras casas do Velho Brejo em 1872, atual Belford Roxo.
A Vila de Belford Roxo em torno da estação do trem foi paulatinamente conquistando melhorias. Além da caixa-d'água instalada em 1880 com capacidade para abastecer 500 pessoas em um chafariz, registra-se a instalação de luz elétrica e o transporte ferroviário para passageiros.[8]
A expansão urbana neste século deu-se com a expansão das ferrovias. A venda de terras, outrora fazendas, retalhadas em lotes e vendidas a preços baixos para moradia ou transformadas em sítios para o plantio de laranjais, foi estimulada pelo governo. Assim como em outros distritos da Baixada Fluminense, o caráter rural da região foi sendo lentamente substituído pelo perfil de cidade dormitório.[8]
A dinâmica de crescimento obedeceu à lógica de produção do espaço urbano metropolitano sem planejamento e desigual. Envolvido com conflitos ambientais causados por um crescimento urbano pouco planejado, observa-se que o Município sofre de problemas comuns a outras áreas da Baixada, especialmente a carência de infra-estrutura e serviços.[8]