Pedagogia, perguntado por silvialbeltran, 9 meses atrás

Tomemos o texto de Cecília Meireles (1984, p. 47-49): "Os ofício de contar histórias é remoto. Em todas as partes do mundo o encontramos: já os profetas o mencionam. E por ele se perpetua a literatura oral, comunicando de indivíduo a indivíduo e de povo em povo o que os homens, através das idades, têm selecionado da sua experiência como mais indispensável à vida.
[...] Conta-se e ouve-se para satisfazer essa íntima sede de conhecimento
e instrução que é própria da natureza humana. Enquanto se vai
contando, passam os tempos do inverno, passam as doenças e as
catástrofes – como nos contos de Decameron – chegam as imagens
do sonho – como quando as crianças docemente caem adormecidas".
A partir da leitura desse texto, podemos deduzir, em relação às histórias
contadas oralmente e às versões escritas dessas histórias, que:
a) Ao transcrevermos as histórias da oralidade para a escrita, perdemos
o encantamento ritual e a magia das histórias.
b) O gosto de contar é idêntico ao de escrever, de modo que as
conquistas da imprensa não inutilizam por completo o ofício do
narrador;
c) Os contos orais sempre tinham uma moral da história, e por isso os
melhores contos para crianças são aqueles que têm moral.
d) Os contos orais estavam ligados às vivências humanas e tinham
finalidade lúdica de trazer satisfação;
e) A moral da história é relativa, e os textos orais vão se modificando,
de modo que não se pode afirmar o que é certo ou errado.

Soluções para a tarefa

Respondido por jairaaraujo0706
11

Resposta:

alternativa certa é a letra "E"

Explicação:

Respondido por vimzr
4

Resposta:

b) O gosto de contar é idêntico ao de escrever, de modo que as

conquistas da imprensa não inutilizam por completo o ofício do

narrador;

Explicação:

 O gosto de histórias é idêntico ao de escrever- e os primeiros narradores são antepassados anônimos  de todos os escritores. O gosto de ouvir é como o gosto de ler. Assim, as bibliotecas, antes de serem estas infinitas estantes, com as vozes presas dentro dos livros, foram vivas e humanas, rumorosas, com gestos, canções, danças entremeadas às narrativas.

           As conquistas da imprensa não inutilizaram por completo o ofício do narrador. Por toda parte ele se mantém, e cada instante reaparece, por discreta que seja sua atuação. Antes de todos os livros, ele continua presente  nas manifestações incansáveis da literatura tradicional: na canção de berço que a mãe murmura para seu filho; nas histórias que mães e avós, criadas, aos pequenos ouvintes transmitem; nas falas dos jogos, parlendas, nas cantigas e  adivinhas com que as próprias crianças se entretêm umas nas outras, muito antes da aprendizagem da leitura.

           Por isso, quando ainda não havia bibliotecas infantis, não era tão grande e sensível a sua falta; o convívio humano as substituía. Tempos em que a família, aconchegada, criava um ambiente favorável à formação da criança.

           O livro vem suprimir essas ausências. Tudo quanto se aprendia por ouvir contar, hoje se aprende pela leitura. E, examinando-se boa parte dos livros – ainda os melhores – que as crianças utilizam, aí encontramos as histórias da carochinha que pertencem ao tesouro geral da humanidade: as Mil e uma noites, as grandes narrativas que embalaram a antigüidade, como essa do marinheiro Simbad - os contos de Perreault, Mme.d´Aulnoy, os irmãos Grimm recolheram, histórias vindas de outras coleções, fragmentos de epopéias – tudo se comprime nesses livros, aproximando tempos e países, permitindo o convívio unânime dos povos, em poucos volumes...

MEIRELES, Cecília. Problemas da Literatura Infantil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.

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