Toda pesquisa social é feita por um ou mais pesquisadores contextualizados, que investigam alguma realidade mais ampla que a deles. Por isso, para que não se confunda as concepções do pesquisador com a realidade, o método científico serve para tornar neutra uma pesquisa. A necessidade de objetividade científica, que é base para a ciência, foi traduzida, na Escola de Chicago, para o indutivismo. Ou seja, de um conhecimento que parte de uma realidade particular e é interpretado a partir dela, em contraposição ao método dedutivista, no qual se especula uma hipótese na pesquisa e procura-se, na prática, a sua confirmação. No entanto, pode uma pesquisa social ser neutra? A indústria farmacêutica serve, por exemplo, para descobrir formas de cuidar de muitas doenças, mas outras várias doenças mais simples são deixadas de lado por não serem lucrativas. Ou seja, o pesquisador, quando destaca um tema de pesquisa, tem ou não algum interesse nele? Diante dessas questões responda às seguintes perguntas:
a) Existe neutralidade nas pesquisas científicas?
b) Como fazer para que o pesquisador não coloque a sua opinião de antemão, como tese, e depois a comprove com dados escolhidos?
Soluções para a tarefa
No caso podemos afirmar que:
a) Não existe neutralidade na pesquisa científica.
Isso porque o pesquisador é um humano dotado de opiniões próprias bem como de valores morais.
Nesse sentido, temos que tais aspectos irão influenciar seja de forma direta ou indireta na questão da sua pesquisa.
b) Para que tal fator não ocorra é necessário que haja um método de pesquisa basante delimitado.
Importante notar assim que tal método é um fator preponderante para que a pesquisa alcance os objetivos.
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Resposta:
Explicação:
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO
A neutralidade na pesquisa científica pode existir desde que entendida em alguns limites. A escolha de um objeto ou problema para ser pesquisado não é neutra, pois é uma escolha, porém, a partir daí, a pesquisa pode se desenvolver sem que a opinião do pesquisador a determine. Nas ciências sociais, por exemplo, só se estuda a pobreza ou a desigualdade social, porque elas são, antes de tudo, problemas que emergem na sociedade. Por isso, é possível que o pesquisador justifique o objeto estudado para além das suas próprias preferências. Na Escola de Frankfurt, isso significa ancoramento da teoria à prática, mesmo reconhecendo que não existe neutralidade no sentido estrito. O ancoramento da pesquisa , na realidade, deve, neste caso, acompanhar seu desenvolvimento. Ou seja, as conclusões sobre a pobreza no Brasil devem vir acompanhadas de dados e não serem pressupostas, sem uma análise empírica.