Português, perguntado por davidjonatasmattos, 5 meses atrás


TEXTO TEATRAL OU DRAMÁTICO
O turismo da bondade
Jovens adeptos do intercâmbio voluntário viajam pelo mundo para trabalhar em instituições filantrópicas e,
segundo eles, buscar o crescimento pessoal
No mundo inteiro, o intercâmbio estudantil é uma maneira tradicional de os jovens viajarem para o exterior para
aprender um segundo idioma e entrar em contato com outras culturas. Agora, uma variante desse tipo de programa vem
se popularizando, inclusive no Brasil - o intercâmbio voluntário. Ele consiste em viajar para outro país não apenas para
estudar, mas para engajar-se em atividades filantrópicas ou auxiliar entidades de preservação ambiental. Segundo os
estudantes, essa é uma forma de se sentir útil, ajudar o próximo ou colaborar para a saúde do planeta, obtendo como
recompensa o crescimento pessoal. De quebra, o voluntariado enriquece o currículo Nos Estados Unidos e em vários
países da Europa, muitas escolas de ensino médio e faculdades exigem que o aluno, para receber o diploma, tenha
cumprido um mínimo de horas de trabalho voluntário. Exercer esse trabalho em outro país é mais enriquecedor e
divertido. As agências de intercâmbio brasileiras informam que a procura por programas desse tipo cresceu três vezes
Há duas formas de hospedagem: a primeira delas é ficar na casa de uma familia e dividir o dia entre o estudo e o
voluntariado; a segunda é ficar na própria instituição em que se trabalha. No caso da Alemanha, a maior quantidade de
bolsas desse tipo tem como destino o Brasil. Depois de fazer voluntariado na Dinamarca, cuidando de crianças órfas, o
alemão Maximilian Georgi, de 21 anos, decidiu que gostaria de dar continuidade à experiência num local no qual as
pessoas vivessem uma realidade diversa da sua. Escolheu o Brasil e há três meses trabalha com crianças carentes em
Porto Alegre. "É um choque de realidade”, conta ele, [...]
Uma pesquisa realizada neste ano por algumas agências mostrou que o Brasil é o segundo destino favorito para
fazer intercâmbio voluntário. O primeiro lugar coube ao Peru, entre outros motivos, pela peculiaridade de o país manter
vivas as tradições indígenas.
nos últimos dois anos.
1
Já a estudante paulista de veterinária Raissa Seabra Bittencourt, de 18 anos, procurou um programa que a
ajudasse na profissão que escolheu. Em julho passado, ela foi trabalhar em um parque nacional, na África do Sul, que
abriga animais selvagens. Chegou a cuidar de guepardos e de outros felinos acidentados. "Notei grande diferença na
minha bagagem quando retornei à faculdade", diz Raissa.
(Carolina Romanini, Veja, 02.12.2009)
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Respondido por franciscodanielnunes
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