Geografia, perguntado por Isaaboechat9326, 10 meses atrás

texto sobre a globalização e a sustentabilidade nos dias atuais? urgentee

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Respondido por luizasm444
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A globalização é um processo que se acentuou ao longo da segunda metade do século XX, tendo como características marcantes a instantaneidade das informações, das comunicações, a padronização dos meios técnicos e a interconexão das economias de diferentes países. Embora a globalização econômica seja responsável pelo desenvolvimento das relações internacionais, por agir sob a égide de forças livres, acaba, muitas vezes, comprometendo os recursos naturais e o meio ambiente como um todo. 

O processo de "desenvolvimento" econômico, nos moldes como vem sendo gerenciado, no mundo globalizado, amplia as desigualdades sociais entre os "incluídos" e os "excluídos". Isto tem favorecido um aumento no processo de degradação ambiental nas regiões mais pobres, onde as populações têm sido impelidas a utilizar os recursos naturais de forma extremamente desordenada. 

O desenvolvimento sustentável deve ser entendido sob a ótica de um mundo globalizado, pois os efeitos da degradação não conhecem fronteiras e a degradação de um Estado compromete a vida de todo o mundo. Por outro lado, a globalização pode ser essencial para a preservação dos recursos naturais através do intercâmbio de mecanismos de desenvolvimento limpo. 

O reconhecimento da importância da questão ambiental tem determinado uma discussão cada vez maior sobre os padrões de desenvolvimento sustentável. Longe de serem incompatíveis, como já se cogitou antigamente, os interesses econômicos e a preservação ambiental são fundamentais para a sociedade e devem conviver em harmonia para que haja um maior equilíbrio e justiça social entre os povos. 

Com efeito, a humanidade vem se defrontando com diversos problemas típicos da sociedade pós-industrial, dentre eles a dificuldade em conciliar o crescimento econômico com a proteção ao meio ambiente. Para se atingir um desenvolvimento sustentável, é preciso examinar as dimensões sociais, econômicas, ecológicas, espaciais e culturais - numa visão multidisciplinar - a fim de analisar as variáveis e todo o espectro de perspectivas que envolvem o imenso desafio de atender às necessidades materiais e imateriais da sociedade de forma eqüitativa. 

Neste sentido, constata-se a necessidade da implementação de ações e políticas públicas e privadas visando ao desenvolvimento sustentável em todo o planeta, por meio de medidas como: tecnologias não degradadoras do meio ambiente (as tecnologias limpas); incrementação de alternativas sustentáveis e incentivo à pesquisa nesse campo; gerenciamento racional dos recursos naturais e culturais; estímulo de parcerias entre todos os segmentos da sociedade. 

Verifica-se que não há uma divisão igualitária e eqüitativa dos benefícios do desenvolvimento tecnológico e econômico-financeiro entre as nações. Na verdade, há uma assustadora concentração de capital nos países desenvolvidos em detrimento dos demais, levando a um desequilíbrio socioeconômico e tecnológico, daí decorrendo a miséria, a pobreza, o subdesenvolvimento, as graves injustiças sociais, a corrupção, as epidemias. Esses problemas afetam todo o globo, gerando efeitos que se refletem em todas as direções, sendo mais sentidos no âmbito do consumidor e do ambiente, despertando para a consciência de se desenvolver um consumo e um desenvolvimento sustentáveis. 

Nesta trajetória de descompassos econômicos e sociais, os direitos do consumidor e do meio ambiente foram alçados à categoria de novos direitos humanos fundamentais - de terceira geração - com o objetivo de construir uma sociedade mais justa, solidária e fraterna. Se antes a humanidade tinha uma visão apenas utilitarista da natureza e de seus recursos, numa limitada e precária perspectiva, hoje temos a percepção da magnitude das suas dimensões, passando para um indispensável humanismo ambiental para a garantia de nossa sobrevivência neste planeta. 
Respondido por kymberlly39
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SUSTENTABILIDADE E GLOBALIZAÇÃO

Dois vernáculos que nada tem de similaridade ou de causa e consequência. A globalização é um processo de expansão da atividade produtiva além das suas terras de origem, é um processo que invade outros territórios, enquanto que a sustentabilidade é um conceito que envolve responsabilidade e zelo e que se apresenta na atividade produtiva, porém, com ritmo e ações coadunando com o ritmo de reposição da natureza.

As atividades industriais sustentam-se na égide filosófica de Platão de que a natureza está para servir o homem, e sobre a égide da propriedade. Estas duas combinações sustentaram e justificaram muitas, ou quase todas, as ações explorativas do homem na busca insaciável do poder.

Não é científico afirmar que esta necessidade de poder é algo inato do homem. Não é científico porque homem e poder não são variáveis que se podem relacionar diretamente, mas apenas por evidências. Também não é importante aqui discutir a natureza humana, mas apenas e simplesmente fazer uso de exemplos da história.

O homem sempre afirmou-se como um “ser superior”, alguns considerando-se representante de Deus na terra, outros então, naturalmente “donos” da terra, eram os casos dos representantes da igreja e os reis. Estas pessoas eram poderosas e, por suas crenças de que efetivamente eram “propriétários”, podiam apropriar-se de tudo o que consideravam seu, inclusive de pessoas. Também faziam uso de seu poder para viver intensamente uma vida de orgias, acasalamento, mandos e desmandos.

Na natureza humana, talvez por questões culturais, a necessidade de apresentar poder é muito forte, e a tradução deste envolve explicitamente a posse e uso de bens. Este senso de propriedade persiste até os dias atuais e está refletido, principalmente, na acumulação de riqueza, em outros termos, acumulação de patrimônio, entendendo-se neste contexto os imóveis, dinheiro e outros capitais e, para obtê-los, o homem criou mecanismos associativos e de trabalho humano.  

Todavia, um homem sozinho não consegue trabalhar em sua vida o tempo suficiente para acumular muita riqueza, então passou a fazer uso de recursos de terceiros e, por este entende-se bens da natureza, capital e humanos que , por sua vez, são aplicados em atividades produtivas que, ao final do processo, formam produtos que serão desejados por alguém, o qual irá pagar o valor por ele considerado “justo”.

Neste valor existe uma parcela de lucro e este fica então, com o seu criador, capitalizando-o, onde, após repetidas vezes, multiplicará seu patrimônio. A partir do agrupamento de várias pessoas com esta mesma concepção e atividade originou-se um sistema hoje conhecido por “sistema capitalista”. Não sendo suficiente mais as suas terras, ou por que tem que dividi-la com muitos, ou porque os recursos ficaram “caros” devido à demanda, ou porque estes recursos esgotaram-se, estas interveniências afetaram a lucratividade, assim, estas organizações passaram a fazer uso de novas terras onde os recursos não estão totalmente explorados e ainda encontram-se não inflacionados pela demanda. Este processo recebe o nome de globalização. Devido ao senso de “propriedade” que se apresenta muito fortemente na cultura das sociedades do ocidente, o processo de globalização é tipicamente ocidental.

Bem, o que isto tem a ver com a sustentabilidade? Nada! Não é bem assim, se a atividade industrial deseja manter sua continuidade, então precisa preocupar-se com o esgotamento dos recursos. Se nas terras ocidentais de origem os recursos já se esvaíram, então nas novas terras eles também irão esvair-se, é só questão de tempo.


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