Texto para as questões de 49 a 51 O olho onipresente RIO DE JANEIRO – Há 30 anos, uma revista de escândalos de Hollywood mostrou o comediante Jerry Lewis, então ainda famoso, como um pai manía- co, tirânico e paranoico, que, quando seus filhos eram crianças, instalou câmeras e microfones pela casa para espioná-los. Até no banheiro os guris ficavam ao alcance de seus olhos. O equipamento, digno do Dr. Mabuse, fora instalado em nome da disciplina. Na época, isso foi considerado o máximo da cruel- dade e da insegurança. Todo mundo odiou Jerry Lewis e teve pena de seus filhos. Mas os anos se passaram e, com a evolução da tecnologia, Jerry foi absolvido. Terá sido, no máximo, um pioneiro da espionagem pa- terna, e dos mais primitivos. Hoje, conforme a reportagem de Cláudia Collucci na Folha de domingo 1 último, a criança começa a ser monitorada no útero, pelo u
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Infere-se que a criança já começa a ser monitorada no útero, o que ocorre em função do uso do ultrassom, uma tecnologia do ramo da medicina que perite a visualização do feto.
O ultrassom possui um uso médico para verificar a saúde do bebê, porém faz parte da analogia da vigilância que já começa a ser praticada nas crianças. O comportamento de Jerry Lewis não é exclusivo, há muitos casos do tipo, onde ocorre monitoramento irrestrito dos filhos.
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