Português, perguntado por Meniagay, 7 meses atrás

Texto para a questão.

O texto a seguir é um trecho da obra O Quinze, da escritora Rachel de Queiroz. Publicado em 1930, ele narra a seca histórica de 1915 pelo olhar de uma professora que mora em Fortaleza e que, em suas férias, visita a fazenda da família. O personagem Chico Bento é um retirante. Ele era vaqueiro em uma fazenda, mas perdeu seu trabalho com a seca. Sem alternativas, é obrigado a emigrar para a cidade. O vaqueiro e sua família tentam conseguir ajuda do governo para ir a Fortaleza, mas não conseguem o bilhete do trem e têm que fazer o percurso a pé. O longo caminho até Fortaleza é a luta do homem contra a natureza. A aridez, o sol forte e a fome são ameaças constantes à família do vaqueiro. A narrativa foca nas perdas que a família sofre ao longo do percurso e no retrato da miséria de outros retirantes que eles encontram pelo caminho.

Mas foi em vão que Chico Bento contou ao homem das passagens a sua necessidade de se transportar a Fortaleza com a família. Só ele, a mulher, a cunhada e cinco filhos pequenos.

O homem não atendia.

— Não é possível. Só se você esperar um mês. Todas as passagens que eu tenho ordem de dar, já estão cedidas. Por que não vai por terra?

— Mas, meu senhor, veja que ir por terra com esse magote de meninos é uma morte!

O homem sacudiu os ombros:

— Que morte! Agora é que retirante tem esses luxos... No 77 não teve trem para nenhum. É você dar um jeito, que, passagens, não pode ser...

[...]

Na loja do Zacarias, enquanto matava o bicho, o vaqueiro desabafou a raiva:

— Desgraçado! Quando acaba, andam espalhando que o governo ajuda os pobres... Não ajuda nem a morrer!

O Zacarias segredou:

— Ajudar, o governo ajuda. O preposto é que é um ratuíno... Anda vendendo as passagens a quem der mais...

[...]

Chico Bento cuspiu com o ardor do mata-bicho:

— Cambada ladrona!

QUEIROZ, Rachel de. O Quinze. São Paulo: Siciliano,1990. Adaptado.

Quando acaba, andam espalhando que o governo ajuda os pobres… Não ajuda nem a morrer!

A expressão “quando acaba” é muito comum na linguagem coloquial brasileira, e, em geral,

A
expõe uma conclusão que confirma tudo o que já foi dito.

B
explica sinteticamente alguns pensamentos e afirmações mencionados antes.

C
esclarece pontos que não foram devidamente explicados nas afirmações anteriores.

D
introduz um raciocínio conclusivo que nega afirmações e intenções ditas anteriormente.

E
apresenta um pensamento solto e original, sem nenhuma ligação lógica com as exposições já feitas.

Soluções para a tarefa

Respondido por nglaucia47
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Resposta:

A legal

B gentiu

C ñ sei

D amor

E jxjjxndud

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