Texto:
O Diário de Davi Satil: uma Vítima de Bullying (Adaptado)
Não sei o que acontece... às vezes me acho diferente dos meus colegas. Queria sumir, me esconder dentro de um baú e de lá não sair tão cedo. Sinto uma dor, e dói mais quando penso que amanhã terei que voltar lá outra vez e encontrarei aqueles meninos. Às vezes eu me sinto tão só, mesmo tendo muita gente por perto de mim. Fico com medo de chegar na escola, pegar o transporte e ter que ouvir aquelas palavras. Tudo isso é tão doloroso que parece que estão espremendo o meu coração... fico sem letras e palavras para escrever.
Minha mãe diz que eu tenho que falar tudo para ela, mas para quê falar? Preciso de ajuda querido diário. Ela não tem tempo para mim. Como um menino de 13 anos fica assim? Tristonho, moribundo e com medo. Se eu fosse forte e alto, quem sabe as coisas seriam diferentes. Sou meio gordinho e o médico diz que tenho que fazer regime. Regime é uma lista enorme de coisas que te proíbem de comer. Eu não como muito, só gosto de chocolate, torta de maçã, refrigerante, e minha sobremesa preferida é pudim. Na lista do regime, sou proibido de comer tudo isso.
Na semana passada, o Pedro e o Daniel tomaram meu lanche. Fiquei com tanta raiva que se eu pudesse fazia eles sumirem no mapa. Mas tem também as gêmeas lá da sala, que ficam me chamando de baleia orca. Eu até fui no Google ver como era essa tal orca e não acho que pareço muito com elas não. As orcas são chamadas de baleias assassinas e chegam a pesar nove toneladas. Eu só peso 78 quilos, é pouco considerado o peso das Orcas.
Já pedi para a minha mãe me tirar desta escola, mas fico com medo de na outra escola tudo se repetir. E tem uma outra coisa: gosto muito da professora e do recreio, porque vou sempre para a biblioteca e fico lá. Pelo menos ninguém fica me perturbando. Queria ser diferente do que sou. Quem sabe assim eles me aceitariam. O João é o único que não me provoca, ele é meu melhor amigo. Ser diferente é errado? O que faço para que eles parem de me perseguir? A professora às vezes vê tudo o que acontece, reclama e chama a atenção de todo mundo, mas no outro dia começa tudo de novo. Não posso ficar sofrendo assim.
Já inventei que estava me sentido mal para não ir à escola. Sei que isso é errado, mas o que faço? Fico desanimado e vejo que se a situação agravar não irei mais ser advogado, pois tirei uma nota ruim em matemática porque estava chateado. Os meninos logo na chegada me perguntaram sobre o lanche de hoje. Qual seria o cardápio? Um dia eles me pagam. Quando eu for advogado, eles vão ver.
Já olhei tudo, para ser advogado eu tenho que fazer uma prova chamada de vestibular. Caso eu passe vou ingressar na Faculdade de Direito. Vamos ver se com as leis eles vão brincar. Já até sonhei com tudo isso. Pensar que eles vão ser punidos me alegra.
Mas sabe de uma coisa? Amanhã irei entregar esta folha do diário a professora e pedir para ela só ler quando chegar em casa. Ela pode me ajudar a ser advogado, e prender logo todo mundo que me faz me sentir tão diferente e triste assim. Sei que vai doer, mas não se preocupe, a folha vai e volta. Desta forma, continuaremos amigos.
Ps: Prezada professora, favor após a leitura me devolver a página do diário, ele vai agradecer.
Ps 2: Não conte para ninguém o que está escrito aqui. São minhas histórias. Posso confiar em você?
Ps 3: Você me acha parecido com uma orca? Tem mais coisas, muito mais, mas o meu diário ficaria triste se as outras páginas tiverem que sair dele.
1) Ao longo do texto, o menino usa alguns adjetivos e locuções adjetivas para expressar como se sente diante dos problemas que enfrenta. Copie-os
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triste vulgar coidado muitas pessoas são assim pois fiquei jogada com o seu peço mais morre que passa
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