Português, perguntado por camilasouzamaria, 7 meses atrás

Texto I - O último poema

Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

(Manuel Bandeira, 50 poemas escolhidos pelo autor, Ed. Cosac Naify, 2006)


Texto II - A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever.A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial.
Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

(Fernando sabino. Fragmento)


Pelas características dos textos acima, percebe-se que: *
1 ponto
a) Ambos são notícias.
b) Ambos são textos fictícios.
c) O primeiro está em prosa e o segundo em versos.
d) São reportagens.



Ainda sobre os textos I e II, com relação à preocupação do poeta e do narrador. *
1 ponto
a) Os dois revelam ao leitor sobre o que gostariam de escrever, recurso conhecido como metalinguagem.
b) Os dois não se preocupam com o que pretendem escrever.
c) Só o Manuel Bandeira revela em seu poema o tema que gostaria de escrever.
d) Apenas Fernando Sabina expressa o assunto que procura para produzir sua crônica.

Soluções para a tarefa

Respondido por pelossii
9

Os dois textos da questão são fictícios.

Enquanto o primeiro texto é um poema, o segundo é uma crônica, sendo então ambos literários.

Nos dois textos, os autores revelam ao leitor sobre o que gostariam de escrever, recurso conhecido como metalinguagem.

Tanto o poema de Manuel Bandeira quanto a crônica de Fernando Sabino especulam sobre o que eles gostariam de escrever. Bandeira pensa no último poema antes da morte e Sabino evoca o poema anterior para pensar no seu próximo texto. Essa reflexão sobre a própria escrita é chamada de metalinguagem, em que pode haver a reflexão sobre a língua num sentido mais gramatical, ou, como fazem os autores, literariamente, pensando sobre seus próprios escritos em um futuro hipotético.

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Anexos:
Respondido por mundodasara1210
0

Resposta:

Explicação:

Os dois textos da questão são fictícios.

Enquanto o primeiro texto é um poema, o segundo é uma crônica, sendo então ambos literários.

Nos dois textos, os autores revelam ao leitor sobre o que gostariam de escrever, recurso conhecido como metalinguagem.

Tanto o poema de Manuel Bandeira quanto a crônica de Fernando Sabino especulam sobre o que eles gostariam de escrever. Bandeira pensa no último poema antes da morte e Sabino evoca o poema anterior para pensar no seu próximo texto. Essa reflexão sobre a própria escrita é chamada de metalinguagem, em que pode haver a reflexão sobre a língua num sentido mais gramatical, ou, como fazem os autores, literariamente, pensando sobre seus próprios escritos em um futuro hipotético.

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