TEXTO I O processo de independência das colônias espanholas da América ganhou força, no começo do século XIX, aproveitando a fragilidade política em que se encontrava a Espanha, após a invasão das tropas napoleônicas. As lutas pela independência ocorreram entre os anos de 1810 e 1833. Ao contrário do que aconteceu no Brasil, o processo de independência das colônias espanholas foi violento, pois houve resistência militar por parte da Espanha. As guerras de independência geraram milhares de mortes de ambos os lados. Os movimentos de independência, embora liderados pelos criollos, contou com a participação de negros, mestiços, brancos das camadas mais pobres e até mesmo de indígenas. TEXTO II Segundo o historiador e autor do livro A Independência do Brasil na Bahia, publicado em 1982, Luís Henrique Dias Tavares, os personagens que deveriam ocupar o lugar mais alto ou de destaque, no desfile cívico, seriam os lavradores e ex-escravos que pegaram em armas e consolidaram a independência na província da Bahia. Entretanto, nas comemorações do 2 de julho, optou-se por colocar as imagens do caboclo e dos índios, em geral, em vez da imagem de negros. Certamente naquela época haveria rejeição ao destaque dado a escravos e ex-escravos naquelas festividades, mas foram essas pessoas responsáveis pelo avanço do nosso exército, enfrentando várias adversidades, inclusive a morte. O historiador reconhece a participação dos indígenas na luta pela Independência, mas pontua que uma pequena parte dessa população foi para a luta armada. TEXTO II Segundo o historiador e autor do livro A Independência do Brasil na Bahia, publicado em 1982, Luís Henrique Dias Tavares, os personagens que deveriam ocupar o lugar mais alto ou de destaque, no desfile cívico, seriam os lavradores e ex-escravos que pegaram em armas e consolidaram a independência na província da Bahia. Entretanto, nas comemorações do 2 de julho, optou-se por colocar as imagens do caboclo e dos índios, em geral, em vez da imagem de negros. Certamente naquela época haveria reje
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Resposta:
Explicação:
Desde o Século XVI, várias regiões do continente americano foram colonizadas pelos espanhóis. Essa colonização não foi um processo pacífico. Povos como os maias, astecas e incas foram dominados violentamente nesse processo.
A estrutura social da América Espanhola colonial estava dividida em chapetones (espanhóis) no topo; criollos (filhos de espanhóis que nasceram na América e não detinham os mesmos privilégios que os chapetones) no centro; e índios, mestiços e afrodescendentes na base da pirâmide.
A Independência da América Espanhola foi motivada pela insatisfação colonial com a metrópole, a desestabilização política pós-Período Napoleônico, pelas ideias iluministas, entre outras razões. Os criollos foram os principais agitadores das lutas por emancipação.
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Causas externas
Em 1813, no começo do século XIX, ocorre a Independência dos Estados Unidos, a primeira emancipação ocorrida no continente americano.
As treze colônias, antes pertencentes a Inglaterra e agora libertas, contagiaram e influenciaram o processo de Independência da América Espanhola.
Nesse período, a Europa vivia o Período Napoleônico, onde vários territórios do continente estavam sob o domínio de Napoleão Bonaparte.
Em meio a crise do trono vivenciada na Espanha, Napoleão acaba por destituir o governante espanhol Fernando VII e destina o trono para seu irmão, José Bonaparte. A legitimidade do irmão de Napoleão como governante foi questionada tanto pelos espanhóis, quanto pelos colonos, gerando forte clima de insatisfação.
Outra influência importante foi o Iluminismo e suas ideias liberais, contrárias ao Antigo Regime e, sendo assim, contrárias à dominação absoluta do Rei.
No século XIX, já existiam universidades na América Espanhola, o que possibilitou o acesso dos criollos aos ideais iluministas, utilizadas para desestabilizar os argumentos em torno do pacto colonial. A Revolução Francesa veio fortalecer esses ideais.
O apoio financeiro da Inglaterra também foi fundamental para Independência da América Espanhola.
A potência britânica tinha profundos interesses comerciais e financeiros que ficavam impedidos de serem concretizados com o pacto colonial. Por isso, apoiam as lutas de emancipação na colônia. Outro apoio importante foi o do Haiti, que já havia se emancipado e forneceu força militar.
Causas internas
A relação da colônia com a metrópole começou a ficar extremamente tensa a partir do século XVIII, principalmente por conta de algumas medidas adotadas pela Espanha na busca por enriquecer apenas a metrópole.
Durante os governos de Carlos III e Carlos VI, a Espanha aumentou o monopólio dos produtos comerciais nas colônias. Além disso, em busca de acúmulo de capital, também centralizou a administração dos impostos e aumentou o rigor da cobrança.
É nesse momento também que a Espanha acaba com o sistema de porto único, inaugurando outros 20 portos na América, que comercializavam produtos entre a metrópole e a colônia, aumentando também a quantidade de impostos cobrados.
Essa política desagradou aos criollos (que queriam o livre comércio, ou seja, comercializar com outros países) e aos comerciantes espanhóis (que queriam a exclusividade no sistema de porto único de Sevilha).