TEXTO I
Isso é liberdade, porque agir moralmente é agir de acordo com o que realmente somos, agentes morais/racionais. A lei da moralidade é ditada pela própria natureza da razão. Ser um agente racional é agir por razões. Por sua própria natureza, as razões são de aplicação geral. Uma coisa não pode ser uma razão para mim agora sem ser uma razão para todos os agentes numa situação relevantemente semelhante. Assim, o agente de fato racional age com base em princípios, razões que são entendidas como gerais em sua aplicação. É isso que Kant quer dizer por agir de acordo com a lei.
TAYLOR, C. As fontes do self: A construção da identidade moderna. São Paulo: Editora Loyola, 1997.
TEXTO II
Na medida em que argumenta que nossos juízos morais são enunciados baseados no que sentimos sobre o agente e/ou seu caráter, Hume tem sido interpretado como alguém que apresenta uma teoria subjetivista, sendo considerado a fonte clássica do pensamento não cognitivista em moral.
CONTE, J. Sobre a natureza da teoria moral de Hume. Kriterion, Belo Horizonte, v. 47, n. 113, jun. 2006.
Kant e Hume apresentaram compreensões acerca da fonte dos juízos morais. Nesse sentido, ao compararmos o pensamento dos autores, percebemos que Hume compreende a fonte dos juízos morais
a) contrariamente a Kant, que dá ênfase às emoções.
b) identicamente a Kant, que prioriza a objetividade das ideias.
c) semelhantemente a Kant, que evidencia o papel dos afetos.
d) distintamente de Kant, que ressalta a objetividade da racionalidade.
e) diferentemente de Kant, que atenta para a subjetividade do indivíduo.
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Hume compreende a fonte dos juízos morais distintamente de Kant, que ressalta a objetividade da racionalidade (D).
Hume e Kant
- No que diz respeito ao campo da moralidade, Hume, ao conceituar o ser humano como um feixe de impressões e sensações, afirma que a moralidade é convencional e afetada pelas sensações humanas. Portanto, não tem a ver com a razão humana, pois o homem age segundo a sua vontade.
- Kant, ao contrário, concebe uma ética voltada ao dever; por isso, dentológica. Somente a razão objetiva consegue levar o ser humano à universalidade das suas ações. Os sentidos não possuem papel fundamental na moralidade, fazendo com que o homem aja irracionalmente.
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