Texto I
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
DIAS, Gonçalves. Primeiros cantos. 1847. Disponível em: <www.
literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?action=download
&id=38085>. Acesso em: 14 jun. 2010. Fragmento.
Texto II
Uma canção
Minha terra não tem palmeiras...
E em vez de um mero sabiá,
Cantam aves invisíveis
Nas palmeiras que não há.
Minha terra tem relógios,
Cada qual com a sua hora
Nos mais diversos instantes...
Mas onde o instante de agora?
QUINTANA, Mario. Antologia poética.
Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1966. Fragmento.
Apesar de o texto II ter sido inspirado no texto I, eles se diferem quanto à abordagem do
assunto, já que no primeiro poema o eu lírico
A) exalta sua terra natal, enquanto o eu lírico do segundo poema critica sua terra natal.
B) sente-se exilado em sua terra natal, enquanto o eu lírico do segundo poema sente-se
livre como um sabiá.
C) não demonstra saudade de sua amada, enquanto o eu lírico do segundo poema não vê
a hora de estar junto de quem ama.
D) deseja mudar para um lugar com menos barulho de pássaros, enquanto o eu lírico do
segundo poema deseja que houvesse aves cantando onde ele mora.
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Resposta:
letra A
Explicação:
Esse poema foi escrito por Gonçalves Dias quando o mesmo estava distante de sua terra, então para exaltar sua terra amada criou este poema, ele retrata o patriotismo e a saudade de sua terra natal.
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