Inglês, perguntado por quelsouza6519, 11 meses atrás

TEXTO I Aquele homem meio estrábico, ostentando um mau humor maior do que realmente poderia dedicar a quem lhe cruzasse o caminho e que agora entrava no cinema, numa segunda-feira à tarde, para assistir a um filme nem tão esperado, a não ser entre pingados amantes de cinematografias de cantões os mais exóticos, aquele homem, sim, sentou-se na sala de espera e chorou, simplesmente isso: chorou. Vieram lhe trazer um copo d'água logo afastado, alguém sentou-se ao lado e lhe perguntou se não passava bem, mas ele nada disse, rosnou, passou as narinas pela manga, levantou-se num ímpeto e assistiu ao melhor filme em muitos meses, só isso. Ao sair do cinema, chovia. Ficou sob a marquise, à espera da estiagem. Tão absorto no filme que se esqueceu de si. E não soube mais voltar. NOU, Joâo Glberto. Mínimos múltiplos comuns. 55o Paulo: Frarvas, 2003. TEXTO II De tanto frequentarem cinema, as pessoas acabam acreditando mais na tela do que na vida que levam. ANDRADE, Carte Oairmwrd de. O avesso das casas - aforismos. In: Prosa seieta. Rio de Janeiro: r*wa Aquilar, 2003. 0 desfecho do Texto I, expresso na frase "E não soube mais voltar", pode ser relacionado ao aforismo de Carlos Drummond de Andrade, no Texto II. A afirmativa de que o personagem do Texto I, tendo já saído do cinema, "não soube mais voltar", indica que ele está a) pouco sensibilizado para a relação entre seu choro copioso e a chuva que caía incessante. b) tristemente enganado sobre a realidade que o cerca e escolhe a morte voluntária. c) muito abalado para conseguir ver outro filme, consequência do impacto que o cinema lhe causa. d) verdadeiramente decidido a não mais voltar ao cinema, por nele se sentir alheio à realidade. e) tão absorto na realidade ficcional que não consegue retornar à sua própria realidade.

Soluções para a tarefa

Respondido por mbueno92
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Olá, Quelsouza6519.


No texto de Carlos Drummond de Andrade (texto I) temos a seguinte passagem:


"Tão absorto no filme que se esqueceu de si. E não soube mais voltar."


No texto II, é dito que "as pessoas acabam acreditando mais na tela do que na vida que levam."


Pela análise e interpretação dos dois textos, podemos entender que o personagem do texto de Carlos Drummond de Andrade ao sair da sala de cinema, estava tão impressionado com o filme que assistiu, de forma que não conseguia mais pensar na sua realidade naquele momento. Só era capaz de pensar no que havia assistido. Dentre as alternativas dadas, a única que condiz com essa interpretação é:


e) tão absorto na realidade ficcional que não consegue retornar à sua própria realidade.


Espero ter ajudado.

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