Texto I
Adeus, mais uma vez! Escrevo-te estas cartas longas demais; não tenho suficiente respeito por ti, e disso te peço perdão. E ouso esperar que usarás de alguma indulgência para com uma pobre insensata que o não era, como muito bem sabes, antes de te amar.
Adeus! Parece-me que falo demais no estado deplorável em que me encontro. No entanto, do fundo do coração te agradeço o desespero que me causas, e detesto a tranquilidade em que vivi antes de te conhecer.
(ALCOFORADO, M. Cartas portuguesas. Porto Alegre: L&PM, 1997).
Texto II
Fanatismo
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!..."
(ESPANCA, F. In: Sonetos. São Paulo: Martin Claret, 2012).
Os textos I e II foram produzidos, respectivamente, nos séculos XVI e XX. Apesar de distintos quanto à época de produção e ao estilo, ambos apresentam em comum
a) a revolta com relação à frieza do objeto da afeição.
b) o tratamento desmesurado do sentimento amoroso.
c) o arrependimento diante do descontrole emocional.
d) a ironia na abordagem amarga do sofrimento afetivo.
e) a resignação diante do fracasso da conquista amorosa.
Soluções para a tarefa
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4
Ambos os textos apresentam o arrependimento diante do descontrole. Alternativa C.
O primeiro texto a amante se desespera ao perceber que o ser amado não a quer, sendo que pelas expressões utilizadas no texto, esta personagem deve ter realizado alguma situação que o afastou o ser amado. O seu desespero diante do descontrole desse amor, também demonstra que a pessoa que ama gosta e se sente bem com tal sentimento.
Exemplo:
"...E ouso esperar que usarás de alguma indulgência para com uma pobre insensata que o não era, como muito bem sabes, antes de te amar.
O segundo texto o ser apaixonado se mostra como dependente desse amor que já transformou a sua vida..."
No segundo esta mesma expressão de arrependimento ocorre, sendo que o se apaixonado demonstra seu arrependimento do fanatismo, diante do amor da sua vida.
Exemplo:
"...Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler..."
Ambos os textos parecem que demonstram arrependimento por amar demais ou por alguma ação realizada e pelo desespero diante do amor.
O primeiro texto a amante se desespera ao perceber que o ser amado não a quer, sendo que pelas expressões utilizadas no texto, esta personagem deve ter realizado alguma situação que o afastou o ser amado. O seu desespero diante do descontrole desse amor, também demonstra que a pessoa que ama gosta e se sente bem com tal sentimento.
Exemplo:
"...E ouso esperar que usarás de alguma indulgência para com uma pobre insensata que o não era, como muito bem sabes, antes de te amar.
O segundo texto o ser apaixonado se mostra como dependente desse amor que já transformou a sua vida..."
No segundo esta mesma expressão de arrependimento ocorre, sendo que o se apaixonado demonstra seu arrependimento do fanatismo, diante do amor da sua vida.
Exemplo:
"...Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler..."
Ambos os textos parecem que demonstram arrependimento por amar demais ou por alguma ação realizada e pelo desespero diante do amor.
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