TEXTO:: A ILHA PERDIDA Na fazenda do padrinho, perto de Taubaté, onde Vera e Lúcia gostavam de passar as férias, corre o rio Paraíba. Rio imenso, silencioso e de águas barrentas. Ao atravessar a fazenda ele fazia uma grande curva para a direita e desaparecia atrás da mata. Mas, subindo-se ao morro mais alto da fazenda, tornava-se a avistá-lo a uns dois quilômetros de distância e nesse lugar, bem no meio do rio, via-se uma ilha que na fazenda chamavam de «Ilha Perdida». Solitária e verdejante parecia mesmo perdida entre as águas volumosas. Quico e Oscar os dois filhos do padrinho, ficavam horas inteiras sentados no alto do morro e conversando a respeito da ilha. Quem viveria lá? Seria habitada? Teria algum bicho escondido na mata? Assim à distância, parecia cheia de mistérios, sob as copas altíssimas das árvores; e as árvores eram tão juntas umas das outras, que davam a impressão de que não se poderia caminhar entre elas. Oscar suspirava e dizia:— Se algum dia eu puder ver a ilha de perto, vou mesmo. Quico perguntava.— Não tem medo? E se tiver alguma onça morando lá?— Onça? Não pode ter. Como é que onça vai parar lá no meio do rio?— Nadando. Ouvi dizer que onça nada muito bem. Oscar respondia, pensativo:— Pode ser. Todos os bichos sabem nadar, só a gente precisa aprender; mas eu queria ver o que há na ilha. Falam tanta coisa...E ficavam olhando a ilha perdida. Se falavam com o pai, este prometia:— Quando forem mais velhos, faremos uma excursão à ilha. Arranjaremos canoas apropriadas e iremos até lá. Os dois meninos chegavam muitas vezes a sonhar com a ilha. Por ocasião de umas férias, justamente em fins de novembro, chegaram à fazenda Henrique e Eduardo, os dois primos mais velhos de Oscar e Quico. Eram dois meninos de doze e quatorze anos, fortes e valentes. Montavam muito bem e sabiam nadar. Logo nos primeiros dias, percorreram sozinhos grande parte da fazenda; subiram e desceram morros, andaram por toda parte e ao verem o riozinho, onde Vera e Lúcia tinham ido pescar uma vez com padrinho, apelidaram-no de «filhote do Paraíba».(...)Uma tarde os quatro meninos ficaram no alto do morro olhando a «ilha perdida». Como seria bom se tivessem uma canoa e pudessem ir ver o que havia na ilha. Eduardo, de espírito mais prático, foi logo dizendo:— Que pode haver lá? Árvores, cipós, ninhos de passarinhos...Henrique, com a mão no queixo, olhava pensativo em direção da ilha. Depois disse:— Vou ver se arranjo uma canoa por aí, nem que seja emprestada ou alugada. Impossível que ninguém tenha uma canoa; eu sei remar, aprendi em Santo Amaro com uns primos. Os olhos de Quico brilharam de contentamento:— Você sabe mesmo remar? Oscar disse uma frase que esfriou o entusiasmo de todos:— Nem pensem nisso, papai não deixa. Já pedi muitas vezes e ele não deixa. Continuaram a olhar o rio. Henrique perguntou:— Por que chamam de Ilha Perdida? Quico explicou:— Ninguém sabe direito. Decerto porque parece mesmo perdida no meio do rio. Quando viemos para cá, já a chamavam assim.(...)— Bento, você sabe se mora gente naquela ilha? Bento olhou em direção da ilha e coçou a testa:— Há muito tempo ouvi dizer que morava lá um homem ruim, mas nunca vi nada, não sei se é verdade. Eduardo levantou-se e chegou mais perto de Bento:— Você nunca viu mesmo nada? Nem um sinal de que há gente lá? Bento hesitou, olhou o chão, tirou o capinzinho da boca e falou:— Pra dizer a verdade, um dia eu vi uma coisa lá... Os quatro entreolharam-se. Quico pediu:— O que foi? Conte, conte.— Vi uma fumacinha saindo do meio daquelas árvores mais altas lá bem à direita, estão vendo? Daquele lugarzinho vi uma vez sair fumaça.— Só uma vez? Veja se lembra, Bento.— Só uma vez, mas era uma fumaça comprida que ia subindo, subindo até às nuvens. Oscar perguntou:— E você não teve vontade de ir ver o que era? (...continua)
5. No texto, há algumas palavras empregadas no diminutivo. Assinale a opção em que esse emprego tem valor afetivo. *
1 ponto
a. “Bento hesitou, olhou o chão, tirou o CAPINZINHO da boca e falou...”.
b. “Vi uma FUMACINHA saindo do meio daquelas árvores mais altas...”.
c. “Apelidarem-no de “FILHOTE do Paraíba. ”
d. “Daquele LUGARZINHO vi uma vez sair fumaça. ”
porfavor respondem , e pra hoje :(
Soluções para a tarefa
Respondido por
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Resposta:
LETRA (C)
Explicação:
POIS É UMA PALAVRA COM VALOR AFETIVO "FILHOTE" QUE ELES MESMO APELIDARAM PODERIA SER UM CACHORRO OU TALZ COMO ALGO QUE ELES GOSTE MUITO
jaquelineaguasvivas:
Muito obrigada!!!
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