Texto 5
“Pensou no pai, que passara metade da vida a viajar entre São Paulo e o Rio Grande de São Pedro,
sempre às voltas com tropas de mulas, que vendia na feira de Sorocaba. Uma vez o Velho ficara dois
anos ausente; correra até o boato de que ele havia sido assassinado pelos índios tapes. Um belo dia,
porém, Juca Terra reapareceu trazendo na guaiaca muitas onças de ouro e a carta de sesmarias
dumas terras lá do Continente que ele dizia ficarem nas redondezas dum tal Rio Botucaraí.”
Texto 6
“[...] o homem falou até gostaria que esta terra não fosse tão boa, para que não chegasse tanta
gente. [...] Quando os colonos plantassem café, em vez de algodão como queriam os ingleses, ia
chover gente ali - e decerto iam derrubar matas de cabeceiras e plantar café até na beira de rio;
aquela terra ia ficar descoberta, ia ver a luz do sol pela primeira vez e depois todo dia, até ressecar.
Na própria clareira, que a Companhia tinha aberto para botar no meio Londrina como ovo num
ninho, antes jorravam três minas e por isso se chamava Patrimônio Três Bocas; mas agora, com a
terra já ressecada, duas minas já não jorravam mais - mas o povoado ia passar a município [...]”
Texto 7
“[...]’Vosmecê está lutando por que, coronel? Pela república? Pelos negros?’ [...] ‘Eu sei por que luto.’
‘Deixe eu adivinhar.’ ‘Luto por mim! Pela minha estância, pelo meu gado!’ ‘Agora sim.’ ‘Começamos
esta guerra juntos, contra o Braga e o Sebastião Barreto. Vosmecê não pode negar.’ ‘Eu não nego.’ ‘Eu
luto contra pessoas, contra coisas. Sem querer ofender, coronel, eu não acredito nessa balela de lutar
por uma causa ou não sei que desculpa.’ ‘Vosmecê não me ofende, Bento Manuel.’ ‘Não, não ofendo
vossa excelência. Então?’ ‘Lembra de Tacuarembó? ‘ ‘Levei muita paulada na cabeça, minha memória
tá ruim.’ ‘Tinha um índio com uma lança. E eu no chão, sem nada para me defender.’ ‘Eu me alembro
de Sarandi. Tinha um castelhano com uma lança.’ ‘Eu não faria uma bobagem dessas, Bento Manuel.
Foi o Osório.’ Bento Manuel olhou para as árvores que pareciam flutuar no meio da cerração. ‘Aquela
foi uma guerra boa.. .’ ‘Foi uma guerra injusta.’ ‘Eram castelhanos.’ ‘Mas foi injusta.’ ‘E esta é uma guerra justa’ Aquela pelo menos eu entendia. Fomos lá roubar as terras deles. E agora’ Estamos lutando
por quê’ Me explique por que é justa agora!’ [...] ‘O imperador é um menino.’ ‘Vosmecê é monarquista,
tocaio. Agora anda com esses anarquistas, lutando contra o imperador.’ ‘Eu também tenho minha
estância, Bento Manuel. E meu gado, minha família. Mas um homem tem outras responsabilidades.’
‘Mesmo que não entenda?’ ‘Entendimento não dá vergonha na cara pra ninguém.’[...]
Em seguida, dialogue com os(as) colegas e professor(a) sobre as situações apontadas em cada
texto, as regiões mencionadas, os grupos sociais envolvidos e os conflitos. Aproveite para pesquisar
em livros didáticos, jornais e revistas disponíveis na escola e/ou em diferentes sites exemplos de trechos de obras literárias e imagens que apresentam elementos relacionados aos conflitos e tensões
históricas e contemporâneas no Estado de São Paulo. Para finalizar, registre suas percepções, descobertas e novos conhecimentos no caderno.
Soluções para a tarefa
Respondido por
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Resposta:
não entendi muito bem não mais... vou responder né o conflito é de hunos as pessoas vc já viu falar do texto o homem nu?
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