TEXTO 2
O trabalho não era penoso colar rótulos, meter vidros em caixas, etiquetá-las, selá-las, envolvê-las
em papel celofane, branco, verde, azul, conforme o produto, separá-las em dúzias... Era fastidioso. Para
passar mais rapidamente as oito horas havia o remédio: conversar. Era proibido, mas quem ia atrás de
proibições? O patrão vinha? Vinha o encarregado do serviço? Calavam o bico, aplicavam-se ao trabalho.
Mal viravam as costas, voltavam a taramelar. As mãos não paravam, as linguas não paravam Nessas
conversas intermináveis de linguagem solta e assuntos crus, Leniza se completou. Isabela, Afonsina
Idalia, Jurete, Deolinda - foran mestras. O mundo acabou de se desvendar. Leniza perdeu o tom
ingênuo que ainda podia ter. Ganhou um jogar de corpo que convida, um quebrar de olhos que promete
tudo, à toa gratuitamente. Modificou-se o timbre de sua voz. Ficou mais quente. A própria inteligência
se transformou. Tomou-se mais aguda, mais trepidamente.
REBELO. M A estrela sobe. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009.
O A Que o trabalho era enfadonho.
B.Que o trabalho era empolgante.
O C.O trabalho era inspirador.
D.O trabalho era instigante.
E Que o trabalho era inatingível.
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