Texto 1
Entre nós [brasileiros], (…) a separação imposta pelo sistema de produção foi a mais fluida possível. Permitiu constante mobilidade de classe para classe e até de uma raça para outra. Esse amor, acima de preconceitos de raça e de convenções de classe, do branco pela cabocla, pela cunhã, pela índia (…) agiu poderosamente na formação do Brasil, adoçando-o.
(Gilberto Freyre. “O mundo que o português criou”)
Texto 2
Porém o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz parte de um processo de integração das “raças” em condições de igualdade social. O resultado foi que (…) ainda são pouco numerosos os segmentos da “população de cor” que conseguiram se integrar, efetivamente, na sociedade competitiva.
(Florestan Fernandes. “O negro no mundo dos brancos”)
⇒Proposta
Após leitura cuidadosa dos textos de Gilberto Freyre e Florestan Fernandes, realize uma análise das ideias defendidas por estes autores sobre a questão racial no Brasil, procurando identificar as diferentes interpretações por eles apresentadas.
Analise o porquê de termos de pensar a realidade da questão racial brasileira em sua articulação com a dinâmica econômica vigente no período colonial.
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Olá,
Podemos constatar que as visões de Gilberto Freyre e Florestan Fernandes são distintas, tanto é que Gilberto Freyre possui uma ideia romantizada de que as uniões entre diferentes etnias no Brasil culminaram para um país onde a mobilidade social e a mistura entre as raças promoveu um ambiente mais harmônico.
Entretanto, Florestan Fernandes já pensa o contrário; verifica que o negro na sociedade brasileira, em termos de fenótipo, pode ser visto em posições sociais na base da "pirâmide social" na sociedade brasileira. Para ele, a desigualdade racial é um fato que a miscigenação não suprimiu.
Abraços!
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