Texto 1 – A virtude como justa medida Segundo a concepção de que todas as coisas se regem segundo uma ordem subjacente, que brota da própria natureza e visa o seu pleno desenvolvimento a virtude aparece como a justa medida, ou seja, a medida determi- nada por essa ordem natural e pelos fins que a sobredeterminam. Costuma-se dizer que nada há que acrescentar nem tirar nas coisas bem- -feitas, considerando-se que o excesso ou a falta destrói a perfeição e a jus- ta medida a conserva. ...E a virtude que é mais perfeita e melhor que toda arte, do mesmo modo que a natureza tenderá para o meio. ...Chamo meio da coisa igualmente distante dos extremos, que é um e idêntico para todos; meio a respeito de nós, e que não é excesso nem falta. E este não é único nem idêntico a todos (Ética a Nicômaco)
Texto 2 – Transcendência para todos: a filosofia budista IHU On-Line – Que análise o senhor faz da concepção de Justa Medida existente na obra dos pensadores Confúcio e Aristóteles? É possível clas- sificá-los como um conceito comum na perspectiva da filosofia intercul- tural, tema de sua tese de doutorado? André Bueno – A filosofia intercultural é uma proposta de metodologia para o diálogo das civilizações por meio de suas práticas culturais – nas quais podemos destacar aquilo que chamamos de “filosofia” e, ocasio- nalmente, o que chamamos de “religião”. Seu ponto de partida é: se os “conceitos” existem, então, eles são acessíveis a todos os seres humanos. [...] Foi por esta razão que fiquei fascinado quando percebi esta possível intercessão entre Aristóteles e Confúcio, por meio do conceito de justa-me- dida – a meson grega, ou o zhong yong chinês. Até mesmo a terminologia e os modelos de exemplo eram mais que similares, chegavam a ser idênticos: ambos propõem, por exemplo, que a busca da harmonia central é como o exercício do arco e flecha. Um leitor desatento se deixa levar pela tentação das teorias fantásticas e exotéricas; um antropólogo antiquado invocaria alguma sabedoria ancestral, que surgiu num lugar incerto e se difundiu pelo mundo; mas a questão intrigante é que não há absolutamente nenhuma chance de Aristóteles e Confúcio terem dialogado, ou mesmo lido alguma coisa um sobre o outro. Esta impossibilidade comprova que a tese central da filosofia intercultural está correta: é possível conceber o mesmo concei- to em sociedades diferentes, traçar sua origem e entender sua funcionalida- de. No entanto, creio que o mais interessante da concepção da justa-medi- da aristotélico-confucionista é a abertura que ela dá para a criação de uma ética moderna e universal isenta de paradigmas religiosos.
Texto 3 – Taoísmo: Alternância e combinação de duas polaridades indis- sociáveis IHU On-Line – O senhor pode nos explicar o fundamento das três joias: compaixão, moderação e humilhação? É possível pensar a construção da paz mundial através desses parâmetros? José Bizerril – As três virtudes taoístas mencionadas por Laozi poderiam ser traduzidas por compaixão, moderação e humildade. [...] A compaixão dos taoístas se refere ao cuidado e interesse pelo bem-estar dos outros. No entanto, diferente de tradições que valorizam o sacrifício da própria vida em benefício dos outros, na tradição taoísta, o cuidado altruísta com os outros vem acompanhado da recomendação de saber se preservar, isto é, de beneficiar aos outros sem para isto ter de se prejudicar. A moderação diz respeito a um modo de vida simples, que se caracteriza pela preservação da força vital, por um ritmo de vida lento e sereno, que contrasta com os excessos de estimulação sensorial, de agitação mental e de desejo de gra- tificação que caracterizam os modos de vida mais plenamente inseridos no consumismo contemporâneo. [...] Por fim, a humildade na interpretação tao- ísta é o contrário da disputa, da competição que decorre do desejo de fama e reconhecimento. A tradição taoísta é avessa à competitividade.
1°Após a leitura dos três textos, escreva sobre o que você descobriu neles.?
Me ajuda prfv
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Resposta:
Temos que dar mais valor a nós mesmos, não como uma forma de competitividade e sim de abandonar as cobranças da sociedade em vivemos,como o próprio texto diz "a busca da harmonia central é como o exercício do arco e flecha".
Explicação:
flavinho011:
vlw
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