Testamento
À prostituta mais nova
do bairro mais velho e escuro,
deixo os meus brincos, lavrados
em cristal, límpido e puro...
E àquela virgem esquecida
rapariga sem ternura,
sonhando algures urna lenda,
deixo o meu vestido branco,
o meu vestido de noiva,
todo tecido de renda...
Este meu rosário antigo
ofereço-o àquele amigo
que não acredita em Deus...
E os livros, rosários meus
das contas de outro sofrer,
são para os homens humildes,
que nunca souberam ler.
Quanto aos meus poemas loucos,
esses, que são de dor
sincera e desordenada...
esses, que são de esperança,
desesperada mas firme,
deixo-os a ti, meu amor...
Para que, na paz da hora,
em que a minha alma venha
beijar de longe os teus olhos,
vás por essa noite fora...
com passos feitos de lua,
oferecê-las às crianças
que encontrares em cada rua...
LARA, Alda. Testamento. In: SILVA, Alberto da Costa e (Org.).
Poesia africana de língua portuguesa
7) Identifique, ao longo do poema, quem são as pessoas contempladas com os bens do eu lírico e o que cada uma receberá como herança.
8)A rima está presente em vários versos do poema. Identifique as palavras que rimam.
Soluções para a tarefa
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Explicação:
sétimo não entendi não oitavo só pegar as palavras que rima só isso pega as palavras que rima e coloco
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Resposta:
7- virgem esquecida- vestido branco
amigo que não acredita em Deus- rosário antigo
Homens humildes- livros
O meu amor- poemas loucos
8- escuro e puro
lenda e renda
antigo e amigo
sofrer e ler
dor e amor
hora e fora
lua e rua
Explicação:
confia
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