Filosofia, perguntado por Socorromdsss, 11 meses atrás

Teoria dos juízos em Kant
O intelecto, diz-nos Kant, possui 12 categorias. A Razão possui tão somente três ideias que não constituem objetos, mas são reguladoras das ações. São elas:
• Ideia psicológica (alma);
• Ideia cosmológica (do mundo como totalidade);
• Ideia teológica (de Deus).
Um juízo consiste na conexão de dois conceitos, dos quais um (A) sempre cumpre função de sujeito e o outro (B) a de predicado. Vejamos quais são, segundo a Crítica da Razão Pura de Kant:
- Juízos Analíticos: são juízos em que o predicado (B) pode estar contido no sujeito (A) e, por isso, ser extraído por pura análise. Isto significa que o predicado nada mais faz do que explicar ou explicitar o sujeito. Ex.: “Todo triângulo tem três lados”;
- Juízos Sintéticos a posteriori: são aqueles em que o predicado não está contido no sujeito, mas relaciona-se a ele por uma síntese. Esta, porém, é sempre particular ou empírica, não sendo universal e necessária, portanto, não servem para a ciência. Ex.: “Aquela casa é verde”.
- Juízos Sintéticos a priori: são juízos em que também o predicado não é extraído do sujeito, mas que pela experiência forma-se como algo novo, construído. No entanto, essa construção deve permitir ou antever a possibilidade da repetição da experiência, isto é, a aprioridade, entendida como a possibilidade formal de construção fenomênica, que permite a universalidade e a necessidade dos juízos. A experiência aqui não é a mera deposição de fenômenos na mente em razão da sequência das percepções, mas sim a organização da mente numa unidade sintética daquilo que é recebido pela intuição. Kant concorda com Leibniz que “nada há na mente que não tivesse passado pelos sentidos, exceto a própria mente”.
Logo, nem racionalismo dogmático nem empirismo, mas sim um racionalismo crítico ou criticismo é de que trata a filosofia kantiana. A ciência é uma construção humana. A razão deve buscar na natureza a conformidade que ela mesma coloca. Os a priori são a antecipação da forma de uma experiência possível em geral. E transcendental refere-se às estruturas a priori da sensibilidade e do intelecto humanos, sem os quais não é possível nenhuma experiência de nenhum objeto. É, pois, a condição de cognoscibilidade (intuibilidade e pensabilidade), ou seja, a condição de possibilidade de todo e qualquer conhecimento. É aquilo que o sujeito põe nas coisas no próprio ato de conhecê-las.
Por isso, no que tange à razão pura, as ideias não são objetos cognoscíveis, ou seja, não podem ser conhecidas pelos homens porque, apesar de serem objetos pensáveis, não podem ser intuídos e, dessa forma, Deus, Alma e o Mundo como totalidade não constituem coisas, mas regulam as ações do homem. São, pois, estudados na Ética, não na Ciência. São norteadores, não coisas, provocando erros e ilusões nos juízos científicos (os chamados paralogismos).

Com base no texto, responda as questões que se seguem:
1. É correto afirmar que na ideia de juízos analíticos de Kant o predicado nada acrescenta ao sujeito? Justifique sua resposta.

2. Faça uma distinção entre juízos analíticos e juízos sintéticos.

3. O que foi o criticismo kantiano?

4. Assinale a(s) alternativa(s) Correta(s)
a Kant é um racionalista dogmático
b Os juízos analíticos acrescentam informações sobre o sujeito
c Os juízos sintéticos a posteriori dependem da experiência
d A ciência é uma construção humana

5. Assinale a alternativa Correta
a Nos Juízos Sintéticos a priori, os juízos em que também os predicados não são extraídos do sujeito, mas que pela experiência forma-se como algo já existente.
b “Todo quadrado tem quatro lados” é um exemplo que traduz corretamente o conceito de juízos analíticos.
c A ciência é uma construção transcendental.
d Não há dúvidas que Kant é um racionalista dogmático.
e O principal objetivo da filosofia kantiana é tratar da psicologia da alma.


juniorm13: Esse monte de perguntas por 5 pontos fica difícil hahahaha, mas ta aí a resposta da 2: Juízos analíticos independem da experiência, enquanto que juízos sintéticos referem-se a ela.
miechotek: não aguento mais esse aula paraná
manuthais184: Aula Paraná é muito ruim, ou vc assiste as aulas ou tu faz os exercícios copiando as respostas do brainly pra dar conta
LucianaBatista316: Aqui é o melhor site gente obrigada pelas perguntas e respostas
cami342: Gente pelo amor de Deus não aguento mais isso
Depijamas43: hahaha te entendo perfeitamente, esse não era o terceirão que eu queria pra minha vida
kelly123454435: Concordo com vcs
miechotek: é... meu terceirão indo por água abaixo, e o enem chegando, uel então não quero nem pensar
kelly123454435: realmente

Soluções para a tarefa

Respondido por oliveiraconcursos
12

1- É incorreto fazer tal afirmação sobre o juízo analítico. Pois nesse juízo os predicados surgem como objetos de análise do sujeito.

2- Podemos distinguir o juízo analítico, onde o predicado só tem a função de explicar o sujeito. Enquanto no juízo sintético o que acontece é o oposto, funcionam como qualificações ao sujeito e não explicações sobre o mesmo.

 

3- O criticismo de Kant, nada mais foi do que uma filosofia utilizada como o método de reflexão de Kant sobre os fenômenos morais, sociais e cívicos que envolvem o comportamento humano.

 

4- A alternativa com a informação correta é a letra b. No juízo analítico o predicado explica o sujeito.

 

5- A resposta da questão se encontra na letra A.

A alternativa explica corretamente o juízo sintético a priori, onde a experiência faz parte do predicado que não é extraído do sujeito.

 


kethelensousa: Ta errado fui fazer desse jeito me ferrei
FawayNoBeat: tá certo sim, os professores q mudaram a ordem
Respondido por kethelensousa
13

Resposta:

1)Sim. Na ideia de juízos analíticos o predicado nada acrescenta ao sujeito, pois quando afirmo que o triângulo tem três lados, a informação “três lados” já está implícita na noção de triangulo, caso contrário não seria um triangulo.

Explicação:

2)Nos juízos analíticos o predicado já está contido no sujeito, nos juízos sintéticos o predicado não está contido no sujeito.

3)Pode ser resumido como um olhar crítico para os fundamentos do conhecimento. É a postura de exigir que a razão “preste contas” de sua posição.

4) D

5) B

Acertei no aula Paraná

Perguntas interessantes