Tema: O despotismo Esclarecido
Quais os benefícios concedidos a sociedade através desse tipo de postura dos
governantes?
Soluções para a tarefa
Resposta:Depois de pouco mais de 17 anos de inflação controlada e quase 25 anos de semiestagnação da renda por brasileiro, o gigante, finalmente, parece acordar convalescente de uma longa temporada febril. Atualmente, assiste-se a reconquista do
maior dinamismo da economia associado à redução da pobreza e da desigualdade da renda do trabalho. Ainda que imediatamente não implique mudar a face
assustadora das mazelas sociais brasileira, indica, contudo, como os passos de hoje
permitem incluir novo contingente social na esfera do consumo, bem como na
esperança de dias melhores.
Talvez tão importante quanto isso seja a retomada do debate sobre o futuro
do Brasil. O longo prazo representa antecipar para o presente a nação que se deseja
construir. Só agora, passado o tempo do regime fechado, controlada a inflação e
superado o anacronismo do pensamento único, o país parece se permitir ir além
e começar a sair das amarras, buscando preparar a nação para a existência de uma
sociedade mais justa e um lugar digno entre os povos.
O livro que agora se apresenta nasce com esse espírito crítico, inovador e
democrático, mérito inegável de seus organizadores e de todos os autores participantes. Ao longo dos seus capítulos, o leitor encontrará o conjunto de idéias
principais que guiam o debate recente sobre o desenvolvimento econômico e
social do país, suas oportunidades e desafios. É também uma publicação plural
posto que, lado a lado, autores das mais diferentes escolas econômicas expõem seu
pensamento, sem qualquer ruído ou pejo, em favor de um debate franco, aberto
e visando um país melhor.
Contudo, apesar da diversidade das opiniões e teses, uma constante salta aos
olhos dos leitores: em todos os textos, a problemática do Estado é muito presente
e, até diria, capaz de fazer intuir sobre a linha de interpretação dos autores.
Vejamos, por exemplo, que, por grossas linhas, podemos dividir o conjunto dos
capítulos em dois grandes blocos: um reticente em relação ao papel a ser exercido
pelo Estado no processo de desenvolvimento econômico de uma nação; e, de
outro, autores que julgam impossível alcançar algo complexo como o desenvolvimento sem a forte e planejada presença do Estado na economia.
Nesse caso, o primeiro grupo, mais identificado com o pensamento econômico ortodoxo, defende um conjunto de reformas que dêem consistência e valorizem princípios privados de acumulação, empreendedorismo e sucesso de cada
agente. Para eles, a ação racional e individualista dos homens, dadas as necessárias
garantias e estabilidade de uma ordem verdadeiramente capitalista, ofereceria, inequivocamente, o ambiente ótimo para o progresso e o desenvolvimento. Assim,
com um Estado garantindo a ordem, as instituições e a democracia, com preços
relativos se posicionando corretamente e a competição livre, seriam emitidos os
sinais adequados para que os investidores se sentissem atraídos, ajustando, de acordo com aquilo que a sociedade mais valoriza, a alocação de recursos e a produção