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Tema da redação: "O jovem da Pandemia diante das desigualdades sociais"
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Resposta:
esde que o coronavírus chegou ao Brasil, em março, junto com todas as questões científicas vinculadas à covid-19, as desigualdades sociais, o desrespeito e a crueldade foram evidenciados. Todos sabiam, por exemplo, das diferenças de acesso a atendimento médico entre ricos e pobres ou brancos e negros, mas a pandemia deixou isso ainda mais patente, assim como explicitou na arena da internet a violência do mais forte contra o mais fraco.
Para a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), os direitos humanos foram flagrantemente desrespeitados e há uma clara desproporcionalidade de tratamento entre as camadas da população.
— Os mais necessitados tiveram que se valer do que tinham, e o que tinham já não era muito bom. Mesmo com o Sistema Único de Saúde [SUS], faltou estrutura para salvar mais vidas. A afirmação dela é corroborada por um estudo do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (NOIS), da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), no qual foi analisada a variação da taxa de letalidade da covid-19 no Brasil, observando-se as condições socioeconômicas da população. Com dados atualizados até 18 de maio, a equipe de pesquisadores avaliou cerca de 30 mil casos disponibilizados pelo Ministério da Saúde e concluiu que, entre os brancos, 38% morreram e 62% se recuperaram. Já entre os negros, a taxa de recuperação foi de apenas 55% em comparação com 45% de óbitos. A desigualdade persiste quando se observam os casos com base na escolaridade, um indicador relacionado com a renda (ver infografia) — avaliou.
“A hipótese é que os mais ricos têm melhor desfecho [da doença], sobrevivem, e os mais pobres morrem. A covid-19 é um problema novo, mas a desigualdade social é um problema muito antigo. A desigualdade mata muito mais do que o coronavírus”, explica o professor Silvio Hamacher, coordenador do NOIS, em informe da Ponte, organização sem fins lucrativos de defesa dos direitos humanos. “No Brasil, quem tem menos condição socioeconômica tem pior acesso à saúde e mora com mais pessoas na casa. A grande mensagem é a falta de acesso”, analisa o coordenador.
Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e a sua família, saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle — Artigo XXV da Declaração Universal dos Direitos Humanos
Rose de Freitas chama a atenção para a sobrecarga que prejudica aqueles que não têm recursos próximos a suas moradias e são obrigados a se deslocar a longas distâncias e, muitas vezes, enfrentar situações de conflito para obter atendimento.
— Houve quem morreu por falta de um respirador. O Brasil teve tempo para equipar o SUS, mas só se deu conta da falta de equipamentos quando as pessoas começaram a morrer ali na frente de todo mundo — lamenta a senadora.
“O cara com menor escolaridade, no município mais pobre, vai chegar ao hospital em condições muito ruins, em um estágio muito avançado da doença”, assinala Hamacher.
A parlamentar pelo Espírito Santo lembra também de famílias que não conseguiram localizar doentes ou nem sabiam que estavam mortos. Ou, se sabiam, desconheciam onde haviam sido enterrados.
— As covas eram abertas e o corpos eram enterrados ali às pressas, de qualquer jeito. Dizem que o coronavírus atingiu a todos de maneira igual. Não, porque o rico tinha recursos. E os pobres continuaram enfrentando violência, balas perdidas tiravam vidas, o tráfico tomando conta do país — destacou.
Como autora do projeto que levou à instituição do Dia Nacional dos Direitos Humanos, celebrado em 12 de agosto, Rose de Freitas aponta para a realidade incômoda da violência doméstica contra as mulheres durante a pandemia. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em março e abril aumentaram as denúncias ao serviço Disque 180 (ver infografia), mas, vigiadas em casa pelos agressores, as mulheres tiveram mais dificuldade em registrar ocorrências e pedir proteção policial. As medidas protetivas de urgência caíram de 5.507 para 3.927 entre 2019 e 2020, no acumulado entre março e abril, com recuo de 28,7%. Os registros no Disque 180 se elevaram a 19.915 no bimestre março-abril contra 15.683 no mesmo período do ano anterior, ou seja, 27%.
bom foi isoo que consegui achar
espero ter ajudado!