Teatro grego: o que saber para apreciarA emoção está no cerne da experiência dramática dos gregos. Platão e Aristóteles discorreram sobre o papel das emoções no teatro, especialmente no que toca à tragédia. Para Platão, buscar deliberadamente comover os espectadores, como fazem os tragediógrafos, é nocivo, pois enfraquece a parte racional da alma, debilitando o cidadão. Daí, entre outras razões, os poetas trágicos estarem excluídos da cidade ideal juntamente com os épicos. Já Aristóteles, embora tenha sido discípulo de Platão, compreende diversamente a questão. Para ele, o prazer da tragédia está em suscitar e purgar certas emoções, processo que ele denomina catarse. No caso da tragédia, essas emoções seriam o terror e a piedade, o que exigiria uma identificação entre o espectador e o herói trágico, de modo que aquele pudesse se colocar no lugar do último e temesse passar pelo que ele passa, apiedando-se dele, que sofre sem merecer. Desse processo, que Aristóteles não se digna a explicar na Poética, derivaria o prazer que sentimos ao contemplar obras de natureza artística.DUARTE, A. S. Teatro grego: o que saber para apreciar. In: O melhor do teatro grego. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.Na construção da coesão textual, os elementos “aquele” e “último” colaboram para a compreensão de quea) a emoção está no cerne da tragédia.b) a tragédia apresenta histórias com injustiças.c) o espectador tem compaixão pelo herói trágico.d) o terror e a piedade coexistem no gênero dramático.e) Aristóteles discorda de Platão no que se refere à tragédia.
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e) Aristóteles discorda de Platão no que se refere à tragédia.
Pois mesmo Aristoteles tendo sido discipulo de Platão, suas ideias eram opostas.
Pois mesmo Aristoteles tendo sido discipulo de Platão, suas ideias eram opostas.
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