Sobretudo compreendam os críticos a missão dos poetas, escritores e artistas, neste período especial e ambíguo da formação de uma nacionalidade. São estes os operários incumbidos de polir o talhe e as feições da individualidade que se vai esboçando no viver do povo.
O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba pode falar com igual pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o damasco e a nêspera?
(José de Alencar, prefácio a Sonhos d’ouro, 1872. Adaptado de ebooksbrasil.org)
De acordo com José de Alencar, a caracterização da identidade nacional brasileira, no século XIX, estava vinculada ao processo de:
(A) promoção da cultura letrada
(B) integração do mundo lusófono
(C) valorização da miscigenação étnica
(D) particularização da língua portuguesa
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Esta questão requer uma análise cuidadosa tanto do trecho apresentado quanto das alternativas disponíveis.
A alternativa A está incorreta, pois o trecho, embora breve, demonstra a preocupação de José de Alencar com as questões do povo, de modo que a promoção da cultura letrada, embora importante, não é fundamental na formação de uma nacionalidade - não reflete, necessariamente, a fala do povo.
A alternativa B também está incorreta, pois a integração do mundo lusófono implicaria em um apagamento das questões nacionais brasileiras em nome de uma integração à cultura portuguesa, algo que é oposto à proposta nacionalista de Alencar.
A alternativa C também está incorreta, pois tal temática não está presente no trecho, constituindo um desvio daquilo que foi efetivamente indagado.
É correta, assim, a alternativa D, pois ela representa a necessidade, apontada por Alencar, de diferenciar a língua do povo "que come a jabuticaba" da língua portuguesa do povo português, "que come o damasco", explicitando, com isto, nossas particularidades e nossos atributos nacionais.
A alternativa A está incorreta, pois o trecho, embora breve, demonstra a preocupação de José de Alencar com as questões do povo, de modo que a promoção da cultura letrada, embora importante, não é fundamental na formação de uma nacionalidade - não reflete, necessariamente, a fala do povo.
A alternativa B também está incorreta, pois a integração do mundo lusófono implicaria em um apagamento das questões nacionais brasileiras em nome de uma integração à cultura portuguesa, algo que é oposto à proposta nacionalista de Alencar.
A alternativa C também está incorreta, pois tal temática não está presente no trecho, constituindo um desvio daquilo que foi efetivamente indagado.
É correta, assim, a alternativa D, pois ela representa a necessidade, apontada por Alencar, de diferenciar a língua do povo "que come a jabuticaba" da língua portuguesa do povo português, "que come o damasco", explicitando, com isto, nossas particularidades e nossos atributos nacionais.
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Resposta:
d) particularização da língua portuguesa
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