Sobre regiões conflituosas chinesas, explique uma
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Resposta: Atualmente existem duas áreas contestadas, são estas: Aksai Chin situada na região da Caxemira – administrada pela China e disputada por Índia e Paquistão – e Arunachal Pradesh localizada no noroeste da Índia – contestada pela China por considerar parte da região autônoma do Tibete.
Explicação: Espero ter ajudado :)
Resposta:
O Tibete é uma região localizada ao sudoeste da China cercada por um conjunto de países vizinhos. Ao sul, fazem fronteira com essa região Índia, Mianmar, Butão e Nepal. Na parte oeste, faz limite com a conflituosa região de Jammu e Caxemira. Originária de uma antiga dinastia militar, o Tibete, desde o século VII, forma um império pacífico guiado pelos preceitos religiosos budistas. O principal cargo político tibetano é ocupado por um Dalai-lama, que acumula funções religiosas e políticas.
A Revolução Chinesa de 1949 inaugurou os conflitos atuais envolvendo a região do Tibete. A instalação do movimento liderado por Mao Tsé-Tung buscou reorganizar os costumes e tradições tibetanas em favor dos princípios ideológicos do comunismo maoísta. Em 1951, a assinatura do Acordo dos 17 Pontos, definindo as relações entre China e Tibete, parecia direcionar as questões políticas para uma solução diplomática. No entanto, a orientação militar ofensiva da China arrastou esse problema por mais de meio século, tornando a autonomia política do Tibete uma verdadeira incógnita.
Em 1959, o general chinês Chiang Chin-wu convocou o Dalai-Lama para acompanhar uma festividade das autoridades chinesas na cidade de Lhasa, capital do Tibete, desde que ele não contasse com nenhum tipo de segurança pessoal. O conhecimento público do estranho convite representou uma ameaça velada à integridade física do líder religioso. Em resposta, o Dalai pediu asilo às autoridades indianas. Esse foi um breve exemplo das tensões que envolveram, no último século, a China e o Tibete.
Ao longo da História, a região do Tibete sofreu com a ocupação de diversos povos e impérios. Na dinastia sino-mongol Yuan (1279-1368), estabelecida pelos reis guerreiros Gengis Khan e Kublai Khan, firmaram-se acordos para que a autonomia política da região fosse preservada. Depois de manter relações mornas com a dinastia Ming (1386-1644), o Tibete contou com a proteção militar chinesa desde a ascensão do culto budista na dinastia Quing (1644-1911).
Com o fim da era imperial chinesa, em 1911, a região tibetana preservou sua independência política. Um dos mais claros exemplos dessa soberania foi notado durante os conflitos da Segunda Guerra Mundial. Mesmo com a pressão imposta pelos Aliados (China, França, Inglaterra, União Soviética e Estados Unidos), o governo tibetano recusou-se a permitir a passagem de tropas, material militar e utensílios em seus territórios.