Português, perguntado por brunalenhaus, 10 meses atrás

Sobre o livro A MENINA E O TIGRE explique o sentido dele por favor é para um trabalho

Soluções para a tarefa

Respondido por marcialins
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Quando, procurando nas prateleiras da Biblioteca da Filarmônica um livro para ler, me deparei com O Tigre na Sombra. Quando o retirei da prateleira vi que era da mesma autora de um dos meus dicionários e isso me deixou curioso porque não sabia que era autora de romances, mas, na verdade, foi o título exótico que me chamou a atenção me fazendo recordar a longínqua Índia onde vivem os imponentes Tigres-de-Bengala. Só depois li a sinopse e me decidi a ter esse primeiro contato com a autora. Um contato interessante, uma experiência nova, pouco convencional, eu diria, mas não o suficiente para me fazer fã de Lya. Necessito de mais de sua narrativa-poesia para isso.

A despeito das imagens que o título me fez recordar, o tema do livro de Lya Luft nada tem a ver com a Índia, muito menos com os poderosos animais que lhe dão título e que na narrativa tem presença tênue ficando no campo do simbolismo e da metáfora. O tigre desta narrativa que, por sua vez, se integra com a poesia de forma muito bonita, existia apenas na tênue fronteira entre a imaginação e a realidade vivida por uma criança que se sentia pouco amada pela mãe e carregava o estigma de um pequena “deficiência” física: uma perna mais curta. Essa criança é Dolores, “nome escuro, de sombra e pranto, cheio de ôôôs lúgubres”, mas que por causa da irmã, Dália, passou a ser chamada de Dôda.

Dôda era uma menina cuja imaginação e sagacidade parecia não ter fronteiras. Via coisas que ninguém mais via, criava um tigre de olhos azuis no quintal. Via a si mesma no espelho como outra garota, a Dolores, que tinha a vida que ela sonhara ter. Uma imaginação que era alimentada pela sua avô delicada, mas pouco convencional que sempre lhe dizia: “Realidade? Bobagem. Cada um inventa a sua”.

Quando criança, Dôda sofria muito com o desafeto da mãe egoísta e cheia de sonhos de grandeza, mas que descontava no marido passivo suas frustrações por sua pobreza. Com as filhas não era diferente, de Dália e de Dôda, a caçula, sempre exigiu demais. Da mais velha que fosse a filha perfeita e a outra que não a envergonhe com suas limitações. Via a caçula como a deficiente, a limitada, limitação que a envergonhava, e a mais velha como a bonita, a que tinha futuro. Nada fez de bom e que não alimentasse o ressentimento das duas filhas, sentimentos que as meninas levariam também para a vida adulta.

Quando, procurando nas prateleiras da Biblioteca da Filarmônica um livro para ler, me deparei com O Tigre na Sombra. Quando o retirei da prateleira vi que era da mesma autora de um dos meus dicionários e isso me deixou curioso porque não sabia que era autora de romances, mas, na verdade, foi o título exótico que me chamou a atenção me fazendo recordar a longínqua Índia onde vivem os imponentes Tigres-de-Bengala. Só depois li a sinopse e me decidi a ter esse primeiro contato com a autora. Um contato interessante, uma experiência nova, pouco convencional, eu diria, mas não o suficiente para me fazer fã de Lya. Necessito de mais de sua narrativa-poesia para isso.

A despeito das imagens que o título me fez recordar, o tema do livro de Lya Luft nada tem a ver com a Índia, muito menos com os poderosos animais que lhe dão título e que na narrativa tem presença tênue ficando no campo do simbolismo e da metáfora. O tigre desta narrativa que, por sua vez, se integra com a poesia de forma muito bonita, existia apenas na tênue fronteira entre a imaginação e a realidade vivida por uma criança que se sentia pouco amada pela mãe e carregava o estigma de um pequena “deficiência” física: uma perna mais curta. Essa criança é Dolores, “nome escuro, de sombra e pranto, cheio de ôôôs lúgubres”, mas que por causa da irmã, Dália, passou a ser chamada de Dôda.

Dôda era uma menina cuja imaginação e sagacidade parecia não ter fronteiras. Via coisas que ninguém mais via, criava um tigre de olhos azuis no quintal. Via a si mesma no espelho como outra garota, a Dolores, que tinha a vida que ela sonhara ter. Uma imaginação que era alimentada pela sua avô delicada, mas pouco convencional que sempre lhe dizia: “Realidade? Bobagem. Cada um inventa a sua”.

Quando criança, Dôda sofria muito com o desafeto da mãe egoísta e cheia de sonhos de grandeza, mas que descontava no marido passivo suas frustrações por sua pobreza. Com as filhas não era diferente, de Dália e de Dôda, a caçula, sempre exigiu demais. Da mais velha que fosse a filha perfeita e a outra que não a envergonhe com suas limitações. Via a caçula como a deficiente, a limitada, limitação que a envergonhava, e a mais velha como a bonita, a que tinha futuro. Nada fez de bom e que não alimentasse o ressentimento das duas filhas, sentimentos que as meninas levariam também para a vida adulta.

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