sobre o filme no limite do silêncio
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No Limite do Silêncio é um filme bem produzido, com um roteiro espetacular e envolvente. Trata de assuntos complicados como suicídio, culpa, relação terapêutica, abuso sexual infantil, violência doméstica e incesto, de uma maneira séria e humana. O filme mostra uma boa perspectiva, não só da realidade na qual o abuso sexual infantil é cometido, como também da profundidade emocional de cada personagem, de um modo aparentemente eficaz de tratamento e apoio psicológico à vítima e da difícil relação do terapeuta, não só com seus tormentos pessoais, mas também com seu paciente.
Trata-se de um drama composto por duas histórias que se entrelaçam. Uma delas é de Michael Hunter (Andy Garcia), um renomado psiquiatra que perde seu filho, Kyle, que cometeu suicídio em decorrência de ter sido abusado sexualmente por seu terapeuta (que depois de descoberto também comete suicídio). Após a morte de Kyle, a família Hunter se desestrutura: Michael e sua esposa se divorciam e deixam em segundo plano a filha, que se revolta e distancia-se de ambos os pais.
Três anos depois, Michael, que desistiu da carreira clínica, é um professor e autor. Em uma de suas palestras encontra Bárbara, uma antiga aluna, que pede seu auxílio em um de seus casos terapêuticos. Após muita reluta, Michael aceita a proposta, muito por enxergar no paciente, Tommy, um garoto prestes a completar 18 anos, traços de seu próprio filho.