História, perguntado por perinpablo0, 5 meses atrás

Sobre a escrita da história das antiguidades, considere os textos a seguir:

Texto 1:
O leitor moderno está acostumado a buscar, nos prefácios, verdadeiros discursos do método. Pelo menos, se há algum, é aí que ele se encontrará. Na tipologia elaborada por Gérard Genette, esse tipo de prefácio se diz “original” (ou autoral). [...]. O prefácio é também o lugar onde se acertam as contas: elas são calculadas ou pagas, as dívidas são reconhecidas ou negadas. É nele que se confessam, afloram ou se ignoram as relações com a instituição (em sentido preciso ou amplo), a qual autoriza e dá crédito.

HARTOG, François. Prefácio. In: ___ (org.). A história de Homero a Santo Agostinho. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2001, p. 11

Texto 2:
É claro, a partir do que foi dito, que não é obra do poeta dizer o que aconteceu, mas o que poderia acontecer -, e o possível é conforme o verossímil ou o necessário. Portanto, o historiador e o poeta não diferem por falar em metros ou sem eles (pois as obras de Heródoto poderiam ser metrificadas e não seriam menos história com metro ou sem ele), mas diferem nisto: no dizer um o que aconteceu, o outro o que poderia acontecer.

ARISTÓTELES. Poética, 9, 145ª 36-b 11, apud. HARTOG, François. A história de Homero a Santo Agostinho. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001, p. 107

Ambos os textos são partes dos prefácios de textos escritos. O primeiro, de uma obra da historiografia atual escrito por François Hartog. O segundo, uma fonte histórica escrita por Aristóteles.
Tendo como base a análise dos dois textos, considere a alternativa correta.
Alternativas
Alternativa 1:
Os dois textos possuem a mesma essência, isto é, explicar a função do prefácio.

Alternativa 2:
O texto 1 se refere a função do orador, que deve iniciar suas apresentações relatando seus prefácios, o texto 2 diz respeito a escrita de poesias, que devem seguir o caminho da fantasia.

Alternativa 3:
O texto 1, um texto contemporâneo, diz respeito aos prefácios de textos, que podem conter informações sobre como os autores planejam seus escritos. Já o texto 2, por se tratar de uma fonte histórica, podemos ler Aristóteles mencionando como acontece o trabalho do historiador e do poeta.

Alternativa 4:
O texto 2, escrito por Aristóteles, trata-se de uma reflexão sobre a escrita da história em seu período, Grécia Antiga. No trecho selecionado, podemos identificar que o filósofo acreditava que a história era uma função superior à poética, haja vista que tratava sobre a verdade incontestável. Isso significa que a poética não era um gênero apreciado pelo filósofo.

Alternativa 5:
O texto 1, escrito por François Hartog, se refere aos escritos historiográficos atuais, sem referência à antiguidade. No trecho em questão, podemos ler que o autor não é a favor dos prefácios, pois eles ocupam muitos espaços, porém não informam muitos elementos pertinentes às obras em si. Nesse sentido, o autor não possui uma visão positiva acerca deste recurso metodológico.

Soluções para a tarefa

Respondido por AC1969
6

Alternativa 3. No primeiro texto, o autor citado comenta a função dos prefácios na historiografia moderna, com discussão do método e dos propósitos de cada historiador. O segundo texto, do grego Aristóteles, discorre sobre a essência da diferença entre as atividades do poeta e do historiador.

 

A história e a discussão metodológica

Os dois excertos apresentados no exercício têm em comum um componente de discussão metodológica.

  • François Hartog comenta como o prefácio é uma apresentação inicial da metodologia.
  • Aristóteles pondera que não é a técnica da metrificação poética que diferencia a poesia da história.

     

As alternativas oferecidas para a resposta do exercício oferecem interpretações sobre os textos:

  • Alternativa 1. Incorreta. O segundo texto não aborda prefácios.
     
  • Alternativa 2. Incorreta. O primeiro texto não fala de oratória.
     
  • Alternativa 3. Correta. O texto 1 menciona a função dos prefácios contemporâneos e o texto 2 compara poetas e historiadores.
     
  • Alternativa 4. O trecho de Aristóteles não faz juízos de valor.
     
  • Alternativa 5. O trecho de Hartog não critica os prefácios em termos de espaço e conteúdo.

 

Continue aprendendo sobre metodologia de pesquisa histórica aqui:

https://brainly.com.br/tarefa/30117818

 

#SPJ1


ciceroprestedachaga: Alternativa 3
Respondido por flavioperod
1

Resposta:

O texto 1, um texto contemporâneo, diz respeito aos prefácios de textos, que podem conter informações sobre como os autores planejam seus escritos. Já o texto 2, por se tratar de uma fonte histórica, podemos ler Aristóteles mencionando como acontece o trabalho do historiador e do poeta.

Explicação:

Perguntas interessantes