So quilombolas fossem obrigados a viver nas cidades, seria possível preservar a sua cultura?
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Resposta:
Os quilombos, na era colonial e imperial, foram espaços construídos pelos escravos negros africanos e afrodescendentes fugidos da escravização em busca de viver em liberdade.
O tratamento violento e as péssimas condições de sobrevivência oferecidas pela casa grande, faziam com que os negros escravos procurassem uma nova forma de viver que não fosse aquela. Para muitos não era fácil fugir, quando encontrados sofriam violência pior, mas aos que conseguiam, tentavam construir uma nova vida formando famílias e pequenas comunidades.
Os habitantes dessa comunidade, também denominada de mocambo, eram chamados de quilombolas.
Em Angola, no continente africano, a palavra “quilombo” (kilombo) significa povoação ou fortaleza e era onde os guerreiros se preparavam para combate. No Brasil colônia, o significado do termo não era distante do proposto pelos quilombolas.
Os terrenos de quilombos eram adquiridos através de doação, herança, compra ou até mesmo de abandono, no caso de antigas fazendas. Depois da invasão dos holandeses em 1630, muitos senhores de engenho abandonaram suas terras, o que proporcionou aos escravos bons lugares para escapar nas terras de Pernambuco.
Além de abrigo, na comunidade quilombola as pessoas poderiam retornar à suas culturas e tradições, às suas religiões, às práticas de dança e músicas oriundas da sua terra, a África.
No período colonial os quilombos não eram só compostos por escravos fugidos, mas também de escravizados alforriados, brancos pobres, mestiços, indígenas, entre outros. Hoje em dia ainda existem quilombos ocupados pelos remanescentes que possuem as mesmas tradições.