Filosofia, perguntado por paullapereira2020, 5 meses atrás

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Respondido por davizunajaaj
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Resposta:

Sofistas

Os sofistas eram considerados mestres da retórica e da oratória, acreditavam que a verdade é múltipla, relativa e mutável. Protágoras foi um dos mais importantes sofistas.

O deus grego Apolo representa a idealização do homem, “a medida de todas as coisas” para Protágoras

O deus grego Apolo representa a idealização do homem, “a medida de todas as coisas” para Protágoras

Na Grécia Antiga, haviam professores itinerantes que percorriam as cidades ensinando, mediante pagamento, a arte da retórica às pessoas interessadas. A principal finalidade de seus ensinamentos era introduzir o cidadão na vida política. Tudo o que temos desses professores são fragmentos e citações e, por isso, não podemos saber profundamente sobre o que eles pensavam. Aquilo que temos de mais importante a respeito deles foi aquilo que disseram seus principais adversários teóricos, Platão e Aristóteles.

Eles eram chamados de sofistas, termo que originalmente significaria “sábios”, mas que adquiriu o sentido de desonestidade intelectual, principalmente por conta das definições de Aristóteles e Platão. Aristóteles, por exemplo, definiu a sofística como "a sabedoria (sapientia) aparente mas não real”. Para ele, os sofistas ensinavam a argumentação a respeito de qualquer tema, mesmo que os argumentos não fossem válidos, ou seja, não estavam interessados pela procura da verdade e sim pelo refinamento da arte de vencer discussões, pois para eles a verdade é relativa de acordo com o lugar e o tempo em que o homem está inserido.

O contexto histórico e sociopolítico é importante para que se compreenda o papel e o pensamento dos sofistas para a sociedade grega. Embora Anaxágoras tenha sido o filósofo oficial de Atenas na época do regime de Péricles, não havia um sistema público de ensino superior, então jovens que podiam pagar por instrução recorriam aos sofistas a fim de se prepararem para as dificuldades que enfrentariam na vida adulta. Uma delas, imposta pelo exercício da democracia, era a dificuldade de resolver divergências pelo diálogo tendo em vista um interesse comum. O termo “sofista” não corresponde, portanto, a uma escola filosófica e sim a uma prática. Mesmo assim, podemos elencar algumas caracterizações comuns aos sofistas:

a) Oposição entre natureza (phýsis) e cultura (nómos): Pelo que sabemos, podemos dizer que a maior parte dos sofistas tinha seu interesse filosófico concentrado nos problemas do homem e da natureza. Isso significa que aquilo que é dado por natureza não pode ser mudado, como a necessidade que os homens têm de se alimentar. O que é dado por cultura pode ser mudado, como, por exemplo, aquilo que os homens escolhem como alimento. Ou seja, todos nós precisamos da alimentação para continuarmos vivos, mas na China, a carne dos cães pode fazer parte do cardápio e, na Índia, o homem não pode se alimentar da carne bovina, pois a vaca é considerada um animal sagrado.

b) Relativismo. Para os sofistas, tudo o que se refere à vida prática, como a religião e a política, era considerado fatores culturais, logo podiam ser modificados. Dessa forma, colocavam as normas e hábitos em dúvida quanto à sua pertinência e legitimidade. Como eles eram relativistas, suas questões podiam ser levadas para o seguinte sentido: as leis estabelecidas são pertinentes para essa cidade ou precisam ser mudadas?

c) A existência dos deuses. Para os sofistas, é mais provável que os deuses não existam, mas eles não rejeitam completamente a existência, como Platão, por exemplo. Portanto, eles são mais próximos do agnosticismo do que do ateísmo. A diferença entre os sofistas e aqueles que acreditavam nos deuses – e a educação grega esteve, no início, ligada à existência e interferência dos deuses nos destinos da humanidade – é que eles preferiam não se pronunciar a respeito. Mas, se os deuses existissem, eles não teriam formas e pensamentos humanos.

d) A natureza da alma. A definição de alma para os sofistas é de uma natureza passiva e podia ser modelada pelo conhecimento que vem do exterior. Isso é muito importante para a prática que eles exerciam, pois, se as pessoas possuem almas passivas, elas podem ser convencidas de qualquer discurso proferido de forma encantadora. Por isso, era preciso lapidar a técnica a fim de levar as pessoas a pensarem de um modo que favoreça o orador, ou seja, aquele que está falando para o público. A resistência que alguma pessoa oferece a algo que é dito não seria proveniente da capacidade de refletir ou questionar e sim era decorrência da inabilidade discursiva do orador.

e) Rejeitam questões metafísicas. Os sofistas estavam bastante empenhados em resolver questões da vida prática da pólis. Aquilo que contribuiria para uma vida melhor com os outros ou para atender às necessidades imediatas era o centro de se uma pessoa pensa que uma coisa é verdade, tal coisa é a verdade ;

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Explicação:

espero ter ajudado

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