Sim. A clitoridectomia, como é chamada, é um ritual de passagem, ou iniciação, praticado na África, Oriente Médio e sudeste asiático há 2 000 anos. O objetivo é evitar que a mulher tenha prazer sexual. As vítimas em geral são bem jovens – entre uma semana e 14 anos – e os tipos de extirpação variam. Pode ser retirado desde uma parte do clitóris até os pequenos lábios da vagina. As operações são seguidas de muita dor e sangramento. Como são feitas em condições precaríssimas de higiene, com tesouras, facas e navalhas, o número de infecções é muito grande e boa parte das mulheres operadas torna-se estéril. Está provado também que a prática não traz nenhum benefício para o organismo feminino. A Organização Mundial de Saúde estima que entre 80 e 114 milhões de mulheres já passaram por esse ritual macabro. O número de mortes decorrente é desconhecido, pois as tribos não acreditam que a prática possa matar alguém, o que dificulta a contabilidade. É uma prática ligada aos costumes dos povos, sem relação direta com a religião. Não é verdade que o Alcorão (a bíblia islâmica) defenda o costume.
Para o Ocidente essa prática é chocante. Mas não é assim nas regiões onde é praticada. A mulher é totalmente submissa e os povos que fazem a clitoridectomia acreditam que ela ajuda a manter a virgindade das solteiras. Além disso, reforçaria a identidade do grupo. Apesar da dor após a operação e da humilhação, as mulheres não se atrevem a reclamar. “Quando perguntadas sobre o conhecimento das leis dos Direitos Humanos, elas respondem que apenas conhecem as leis dos maridos”, diz a queniana Wanjira Muigai, advogada do Sindicato das Liberdades Civis Americanas, que hoje reside nos Estados Unidos. O nível de educação nas regiões onde há clitoridectomia é muito baixo. Por isso é praticamente impossível convencer as mulheres, e principalmente os homens, de que essa prática prejudica a saúde. Tentativas já foram feitas. Os colonizadores cristãos do Quênia, em 1930, criaram leis proibindo o ritual. Foi em vão. A legislação que continuou a ser obedecida foi a da tribo. Se alguma mulher tentar fugir dela, o mínimo que vai acontecer, além de sofrer pressão social, é não conseguir um marido.
Questao:
como o ato de retirada da clitoridectomia pode ser explicado pelo autor clássico da sociologia émile durkheim quanto a noção de direito penal repressivo ? Elabore uma resposta escrita a mão( no minimo meia folha) contendo argumentos referentes ao autor frente a ocorrência do fenômeno social descrito na reportagem
Soluções para a tarefa
Respondido por
5
culturalmente nos lugares onde isso ocorre as mulheres não são vistas como ser humano, portanto não devem sentir o prazer sexual, por isso cortam o seu orgão sexual responsável pelo prazer, nisso se reflete a falta de valor da mulher nessas sociedades
Perguntas interessantes
Inglês,
9 meses atrás
Matemática,
9 meses atrás
Matemática,
9 meses atrás
Matemática,
1 ano atrás
Matemática,
1 ano atrás