Sermão do mandato
“ O primeiro remédio que dizíamos, é o tempo. Tudo
cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo
digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de
mármore, quanto mais a corações de cera? São as
afeições como as vidas, que não há mais certo de
haverem de durar pouco, que terem durado muito. São
como as linhas, que partem do centro para a
circunferência, que tanto mais continuadas, tanto menos
unidas. Por isso os Antigos sabiamente pintaram o amor
menino; porque não há amor tão robusto que chegue a
ser velho. De todos os instrumentos com que o armou a
natureza, o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco, com
que já não atira; embota-lhe as setas, com que já não
fere; abre-lhe os olhos, com que vê o que não via; e faz-
lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural
de toda esta diferença, é porque o tempo tira a novidade
às cousas, descobre-lhe defeitos, enfastia-lhe o gosto, e
basta que sejam usadas para não serem as mesmas.
Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais amor? O
mesmo amor é a causa de não amar, e o de ter amado
muito, de amar menos”.
VIEIRA, Antônio. Sermão do Mandato. In:
Sermões. 8. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1980.
O tempo é a principal solução para os problemas. A frase
que reproduz essa ideia é:
A) “Antigos sabiamente pintaram o amor menino...” (l.5)
B) “Atreve-se o tempo a colunas de mármore...” (l.2)
C) “O primeiro remédio que dizíamos, é o tempo”. (l.1)
D) “(...) o tempo tira a novidade às cousas...” (l. 9-10)
E) “(...) partem do centro para a circunferência...” (l. 4)
Soluções para a tarefa
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2
Resposta:
letra c)
Explicação:
o tempo é solução para todos os problemas
yanaraujo360hd:
Muito Obrigado!!!
Respondido por
0
Resposta:
Letra c
Explicação:
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