"Sente com a gente, conte urna história, tome um café e escreva uma carta. Nós enviaremos a qualquer lugar do mundo."
Cerca de 600 mil usuários circulam por dia na estação
Brás, mas somente 15 pessoas atenderam ao convite do coletivo "Estopô Balaio" na manhã da última quinta (19), quando a Folha acompanhou o trabalho do grupo.
Essas sessões gratuitas de escrita de cartas são parte do processo de pesquisa e criação de um novo projeto da companhia, chamado "nos trilhos abertos de um leste mi grante" [...].
Por ser ponto comum das linhas de trem que vão para a zona leste paulistana, a "Central do Brás" era o local perfeito para a trupe estender um trabalho que há oito meses era feito do lado de fora da estação Jardim Romano, conta a atriz Ana Carolina Marinho, 24..
[...]
Histórias de migração são o maior interesse do grupo,
mas nem sempre esse é o objetivo de quem decide parar nas pequenas mesas dispostas no segundo andar da esta ção, logo acima das plataformas dos trens. [...]
Independentemente do destinatário, todas [as cartas] são tratadas com a mesma seriedade, em um processo que não é de mera escuta, mas de troca: os integrantes do grupo
fazem diversas sugestões do que incluir nas mensagens. Marinho explica que o desejo da companhia é escrever textos mais poéticos que funcionals. Fol assim, por exemplo, na mais comovente história do dia: a da haitiana Tamie Saint Cyr, 33, que deixou seu
pais após o terremoto de 2010. De passagem pelo Brás para se deslocar a um en contro de haitianos, acompanhada de Maria Cecilia Grigio, 62-que acolheu Tamie e seu filho de quatro anos neste ano, ela decidiu escrever ao pai, que permanece no Haiti.
As primeiras linhas, em que declarava quanta sau dade sentia, não foram fáceis. A todo momento a carta que ditava em bom portu
guês ao artista Juão Nin, 26, era interrompida por lágri
mas. O artista estimulava Tamie a contar ao pai quais
eram suas impressões de uma cidade tão grande como
São Paulo e a destacar aspectos positivos da vida no
Brasil.
"Cada encontro é uma vida inteira", afirma Nin, que procura se esmerar não só no conteúdo, mas também na caligrafia da carta. "Minha letra normalmente não é
tão bonita assim", brinca. Em um mundo digital, repleto de mensagens ins
tantâneas, a iniciativa ainda se sustenta? "É um mo vimento devagar, um convite para que você pare um momento, esteja aqui, e depois siga sua vida", explica Ramilla Souza, fotógrafa da companhia.
1. Converse com os(as) colegas sobre o fato que está sendo noticiado (o que aconteceu, quem está envolvido, onde e quando ocorreu).
Por favor, responda.
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
quer conversar?
quero conversa!!!!!
luziaoliv16:
oi desculpa por não responder a sua pergunta
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